Blon: Quente

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Tinha alguém beijando o meu pescoço. Eu não sabia quem era mas, era bom no que fazia nesse momento. A sensação que passou pelo meu corpo era um arrepio gostoso seguido daquele sútil calor. Eu estava extasiado.

Bom, muito bom...

Eu estava com os olhos fechados. Algo me dizia que se eu abrisse os olhos aquilo tudo poderiam simplesmente desaparecer, e além disso, eu tinha certeza que aquilo era muito mais prazeroso sentir do que ver.

Senti duas mãos atrevidas irem em direção aos botões da minha calça, não reclamei, apenas gruni impaciente e recebi um risada provocante como resposta. Ele gostava de me provocar.

Tão excitante...

Era estranho a forma que eu sabia e não sabia ao mesmo tempo quem era essa pessoa que me provocava, isso me irritava, mais mesmo assim não me atreveria a abrir os olhos.

Ele beijou o lóbulo da minha orelha e mordeu em seguida, eu suspirei. Adorava quando ele fazia isso, tão provocante que chegava a me descontrolar, tentei agarrá-lo mais ele não deixou.

- Sou eu quem está ditando as regras no momento, meu amor. - pude sentir o sorrisinho maldoso nas palavras dele; e pensar que quem havia ensinado aquele sorriso fôra eu...

Senti uma língua deslizar por cima da box que eu usava e ofeguei, era inesperado, ele sempre foi tão tímido, porque estaria tão atrevido agora?

Incrivelmente bom.

Eu não sei como sabia dessas coisas, só sabia. Para mim eram informações úteis, informações que o tornavam tão especial, do jeito que ele era, e ele era meu!

Sorri com esse pensamento e o sorriso desapareceu logo em seguida quando senti sua língua quente e úmida deslizar pela minha glande, me fazendo soltar um gemido.

Oh, eu sei que ele adorava me arrancar gemidos, mais no final era sempre eu quem arrancava mais gemidos dele, sempre foi assim.

Excitante.

A língua dele passava por toda a extensão do meu membro. Ela sempre foi gostosa e convidativa, junto com aqueles lábios rosados, a pele branquinha e coberta de sardas, a imagem da perfeição para mim.

Essa aparência me dizia muito, mais e o nome? Não consigo me lembrar o nome!

Soltei um palavrão particularmente alto ao sentir ele se esforçar para colocar todo o meu membro dentro da sua boca, ele reclama dos meus palavrões, mais sei que, no fundo, ele gosta que eu fale essas palavras chulas na cama, deixa as coisas mais excitantes.

- Boca suja. - provocou-me.

Aquela voz, sei muito bem de quem era. Sempre tive o sonho de passar horas a fio ouvindo aquela voz sendo dirigida para mim com palavras doces e sabia que hoje em dia era possível.

O único problema era que eu ainda preciso de um nome! Porque é tão difícil lembrar o maldito nome? Eu sabia que era um nome que gostava de pronunciar frenquentemente, um nome que tinha sido feito para ser pronunciado pela minha boca, que deslizava facilmente pela minha lingua sempre que podia, mais agora não era possível lembrar o maldito nome.

Gostosamente excitante.

Ele pegava a base do meu membro apertando levemente, chupava a ponta, mordia levemente e voltava a colocar tudo na boca. Aquela boca, tão quente quanto o inferno e que tinha o poder de me levar ao céu.

Levei minha mão para os cabelos dele, macios... Minha vontade de agarrá-los firmemente, como sempre, estava lá. Segurei os fios do seu cabelos e o empurrei de encontro ao meu membro.

Ah, como é gostoso sentir sua boca tentar articular a reclamação que estava tentando me fazer ouvir. Ele nunca gostou do meu controle possessivo, seja possessivo ciumento ou possessivo na cama. O hálito quente de sua boca no meu membro toda vez que eu o afastava por alguns milímetros do mesmo eram como correntes elétricas pelo meu corpo.

Arrepios.

O sorriso sarcástico que ele me lançava ao me ouvir falando coisas incoerentes: juras de amor, chiados, palavrões, perguntas bobas, gemidos longos e exclamações. Outro sorriso que ele aprendeu comigo, mais que nunca chegava aos olhos, pois sempre que estavam voltados a mim seus olhos tinham um brilho especial, de amor, carinho e admiração, assim como o meu olhar para ele.

E eu não precisava o olhar naquele momento para saber que ele lançava esse olhar para mim.

- Quase lá... - sussurro em meio as minhas frases desconexas.

Ele sempre me faz perder a cabeça de um jeito rapidamente incrível! Esses olhos azuis hipnóticos, essa boca provocativa, a pele e o corpo convidativo... Era como se ele tivesse um plaquina em seu pescoço que dizia: coma-me! E só por isso eu era tão ciumento.

Prazeroso.

Um gemido longo e rouco me denunciou, anunciando que eu havia alcançado o ápice. Senti que ele havia engolido tudo e nessa hora não aguentei mais de curiosidade, abri os olhos, vi os cabelos ruivos e na hora sussurrei seu nome, me lembrando do mesmo.

- Rony... - sussurrei perplexo.

Ele sorriu envergonhado, seu sorriso era lindo, um sorriso maravilhoso que chegava aos olhos azuis como o mar. Fechei os olhos novamente para beijá-lo quando senti algo estranho tocar minha boca, parecia algo com... Penas?

Sentei-me na cama arregalando os olhos e olhando para minha mesa da cabeceira, então era isso, eu estava beijando a pena azul que minha mãe me dera.

Suspirei tirando os lençóis de cima de mim e colocando os pés no chão, no momento, por mais frustrado e chateado que eu estivesse eu sabia que tinha que tomar um banho. Afinal não dava para começar o dia com uma camada de suor pela pele, uma mancha na calça do pijama e o corpo incrivelmente... Quente.

O Aluno NovoOnde histórias criam vida. Descubra agora