O Natal

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O Natal já foi mais alegre, pensou Harry confuso enquanto estava sentado à mesa, terminado sua refeição.

Não que estavam todos descontentes e desanimados, na verdade, só Harry se encontrava assim. A Mesa da Ceia estava o mais alegre do que já esteve na casa dos Potter's. Claro que James teve que dar um jeito mágico de fazer todos caberem na sala de jantar, mas isso não havia sido nem um pouco difícil.

Já se tinha passado da meia noite, e depois de todos os abraços e explosões que tiveram, todos se sentaram para comer. A conversa corria solta para todos os lados, os Weasley's estavam espalhados pela mesa de uma forma que Gina havia ficado ao lado de Harry e Rony tinha ficado com Hermione um pouco longe dele. Seu padrinho e Severo também estavam lá, claramente já tinham terminado de comer e se despediam de seus pais e de seu tio Remus Lupin, que ainda estava sentando saboreando a deliciosa comida de Lily e Molly, que haviam se juntado e preparado seus melhores pratos para aquele Natal.

Tudo estava perfeito. Ele finalmente tinha visto seu tio Remus depois de anos, pois o lobisomem apareceu como uma surpresa para Harry. O que lhe surpreendeu, já que seus pais dificilmente conseguiam guardar segredos de si. Tinha seus novos amigos ali com ele. Os gêmeos estavam se divertindo, pregando algumas peças engraçadas. Sua mãe tinha feito sua sobremesa trouxa favorita e seu padrinho e seu tio Sev tinham conseguido ficar até uma da manhã como prometido. Além de ser o primeiro Natal deles em sua casa e longe dos Estados Unidos, estava tudo perfeito.

Então porque ele estava tão abatido a ponto de sua mãe lhe deixar comer metade da travessa do mousse de morango? Porque ele só queria ir para o quarto se esconder e não sair mais?

Sempre que pensava nessas e em outras perguntas, as palavras Draco Malfoy vinham em sua mente numa velocidade absurda.

Não conseguia parar de pensar na noite anterior. Seus pensamentos iam do beijo maravilhoso que teve com o loiro até a rejeição que teve do mesmo.

Porque o Sonserino era tão complicado? Aquilo era um sinal para desistir e procurar uma relação mais fácil? Não. Definitivamente, não desistiria tão cedo. Draco só estava mentindo para si mesmo. O beijo que o loiro dera em si provava aquilo.

Talvez Malfoy só fosse teimoso demais e precisasse de um bom empurrãozinho para perceber que era bobagem fugir de relações inter pessoais com outras pessoas.

- Está tudo bem, querido? - perguntou Lílian preocupada.

Desde que seu filho havia chegado de Hogwarts, se encontrava meio abatido e desanimando. O que era muito estranho, pois geralmente ele sempre ficava incrivelmente alegre em período de Natal.

- Eu estou com pequenos problemas. - suspirou.

- Esses problemas envolvem uma pessoa em especial? - perguntou a ruiva suavemente.

- Como você sabe? - Harry estava impressionado, mas já deveria estar acostumado, sua mãe sempre sabia de tudo.

- Sou bastante observadora. - sorriu - Agora, me conte o que aconteceu.

O moreno contou tudo do começo. Como ficou interessado nele após a discussão entre o loiro e Rony, a tentativa de impedir ele de cair no Lago, a percepção de seus sentimos, o encontro deles e o beijo no Lago, parte que havia contado com bastante vergonha. E finalmente, a rejeição que sofreu na Torre.

- Eu sinto que devo desistir dele, sabe? - contou triste - Mas tem uma parte de mim que não aceita essa desistência, mãe. Eu gosto dele, e quero muito ajudá-lo.

- Então faça isso. - falou a ruiva determinada - Você é da Grifinória meu filho, vontade e coragem para correr atrás de seus objetivos não lhe falta. E pelo o que me contou, acho que esse garoto realmente precisa de alguém que mostre o quanto ele está enganado com a vida.

O Aluno NovoOnde histórias criam vida. Descubra agora