Seis

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— Há em cada olhar, um universo particular.


Roy tinha razão. Era tudo verdade.

Zeus tinha lindos olhos, como se tivessem pego um pedaço do universo e tivesse posto em olhos de vidros e posto nele. Era idêntico, como olhar para um céu estrelado, ou até mesmo uma imagem de uma constelação de estrelas.

E estava vendo que Zeus poderia receber visitas na WLC.

Esse desejo iria para a lista dos meus desejos antes de morrer.

— Ettore, Elizabeth está aqui! — Escutei a voz de meu pai soar da sala de estar.

— Pode subir, Elisabeth.

Alguns segundos, Elisabeth entrara pela porta.

— Desculpa vir essa hora aqui, Ettore, é que você esqueceu esse caderno. Na verdade, não esqueceu, provavelmente trocamos os cadernos.

Segui até a minha mochila, abrindo-a e procurando algum caderno desconhecido. E ali estava ele.

— Como conseguimos fazer isso?

— Provavelmente por estarmos muito concentrados no nosso trabalho.

— É verdade.

— Bem, eu já vou indo. Até amanhã.

— Espera!

Puxei Elisabeth para dentro novamente, antes que pudesse sair pela porta.

— O que foi?

— Quero te mostrar uma coisa.

Coloquei Elisabeth para sentar em frente ao computador. E logo pude ver os olhos dela brilharem por ver Zeus.

Ela amava corujas, assim como eu também queria uma de estimação.

— Meus Deus... Ela é de verdade?

— Mais que de verdade. Agora eu sei o porquê que Roy me chama de corujinha.

— Roy?

— É o nome do garoto que conheci na igreja.

— Nome diferente.

— Como se o meu também não fosse.

Rimos pelos nossos comentários.

Elisabeth começou a ler sobre Zeus e suas expressões faciais mudavam a cada palavra que lia, como se elas a fizessem sentir algo.

— Incrível. Como eu nunca ouvi falar dessa coruja antes, Ettore?

— Eu também estou embasbacado como também nunca ouvi falar dela antes.

— E ela é a única existente?

— Sim, a única.

Bip.

Soou um barulho, que vinha do celular de Elisabeth.

— É minha mãe, dizendo para ir logo, pois ainda ela está me esperando lá fora. Eu preciso ir. Mas amanhã conversamos mais sobre essa coruja na escola, está bem?

Elisabeth me deu um beijo no rosto e seguiu para o andar de baixo.


O que dirão as Estrelas?Onde histórias criam vida. Descubra agora