— Tudo o que precisamos são de 20 segundos
de coragem insana.
— Muito obrigada por ter feito a torta sra. Scott. Está uma delícia.
— Fico feliz que tenha gostado, Elisabeth.
Assim que tinha chegado em casa, depois de conversar com Roy e pensar em tudo o que falamos no parque, Elisabeth havia chegado 10 minutos adiantada.
Por sorte, ela dera uma desculpa para os meus pais pelo atraso, antes mesmo de ter perguntado por mim.
— Espero que esteja ciente de que está me devendo uma. — Disse, dando mais uma garfada na torta.
— Agradeço de verdade. Paramos para conversar e o tempo voou. Não tinha percebido que já era tão tarde assim.
— Tudo bem. Mas e aí? O que tanto conversavam?
— Tecnicamente sobre coisas loucas. Ele me falou mais um pouco sobre a vida dele e eu um pouco da minha.
— E quando é que vocês dois se encontraram? Pensei que ele já tivesse ido embora, antes mesmo de sairmos para fora da escola. Quando bateu o sinal, ele saiu tão depressa.
— Pois é... Mas assim que você foi para o carro, eu ia pegar o caminho para casa, foi então que me deparei com ele logo atrás de mim. Aí íamos embora juntos, porém paramos no parque e ficamos até aquela hora quando cheguei em casa.
Elisabeth por mais que estivesse prestando atenção no que eu estava falando, não largava a torta e nem o copo de suco. A cada palavra minha, era uma garfada na torta e uma golada no suco.
— E ele não estava na diretoria.
— Como assim?
— Aquele bilhete que ele entregou para o sr. Magório não era de verdade. Era falsificado. Ele tinha cabulado a aula de química. Ele me falou que não suporta a professora e nem a matéria.
— Estou começando a gostar dele.
Eu ri do comentário de Elisabeth. Pelo menos isso eles tinham em comum. Não gostar da professora e querer explodir a sala, eu acho.
— Posso pegar mais um pedaço?
— Fique à vontade.
Elisabeth já iria para o terceiro pedaço, enquanto eu só tinha dado três garfadas no meu primeiro pedaço.
— Você gosta dessa torta também. O que aconteceu para não querer comer ela toda e não estar me acompanhando no terceiro pedaço? — Disse, percebendo que eu estava pensativo demais para conseguir comer a torta toda.
— O que dirá as estrelas, Elisabeth?
— Como é?
— O que dirá elas de tudo isso?
— De tudo o que, garoto?
— Deixa para lá... É outra coisa que Roy me disse. Estávamos conversando sobre um certo assunto e ele me veio com essa. O que dirá as estrelas?
— Você vai acabar ficando louco com isso.
— Talvez eu fiquei, mas vou entender o que ele quis dizer. Tenho a sensação de que tem algo a mais e eu vou descobrir.
— Boa sorte com isso!
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O que dirão as Estrelas?
RomanceUm amor traçado pelas estrelas.Duas histórias envolventes, que se interligam em uma só. Ettore, um garoto de 17 anos, via o mundo e as coisas de uma maneira que uma pessoa normal veria, mas em um dia tudo acaba mudando. Ele conhece Roy, que acaba d...