Nove

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— Tudo o que precisamos são de 20 segundos

de coragem insana.


— Muito obrigada por ter feito a torta sra. Scott. Está uma delícia.

— Fico feliz que tenha gostado, Elisabeth.

Assim que tinha chegado em casa, depois de conversar com Roy e pensar em tudo o que falamos no parque, Elisabeth havia chegado 10 minutos adiantada.

Por sorte, ela dera uma desculpa para os meus pais pelo atraso, antes mesmo de ter perguntado por mim.

— Espero que esteja ciente de que está me devendo uma. — Disse, dando mais uma garfada na torta.

— Agradeço de verdade. Paramos para conversar e o tempo voou. Não tinha percebido que já era tão tarde assim.

— Tudo bem. Mas e aí? O que tanto conversavam?

— Tecnicamente sobre coisas loucas. Ele me falou mais um pouco sobre a vida dele e eu um pouco da minha.

— E quando é que vocês dois se encontraram? Pensei que ele já tivesse ido embora, antes mesmo de sairmos para fora da escola. Quando bateu o sinal, ele saiu tão depressa.

— Pois é... Mas assim que você foi para o carro, eu ia pegar o caminho para casa, foi então que me deparei com ele logo atrás de mim. Aí íamos embora juntos, porém paramos no parque e ficamos até aquela hora quando cheguei em casa.

Elisabeth por mais que estivesse prestando atenção no que eu estava falando, não largava a torta e nem o copo de suco. A cada palavra minha, era uma garfada na torta e uma golada no suco.

— E ele não estava na diretoria.

— Como assim?

— Aquele bilhete que ele entregou para o sr. Magório não era de verdade. Era falsificado. Ele tinha cabulado a aula de química. Ele me falou que não suporta a professora e nem a matéria.

— Estou começando a gostar dele.

Eu ri do comentário de Elisabeth. Pelo menos isso eles tinham em comum. Não gostar da professora e querer explodir a sala, eu acho.

— Posso pegar mais um pedaço?

— Fique à vontade.

Elisabeth já iria para o terceiro pedaço, enquanto eu só tinha dado três garfadas no meu primeiro pedaço.

— Você gosta dessa torta também. O que aconteceu para não querer comer ela toda e não estar me acompanhando no terceiro pedaço? — Disse, percebendo que eu estava pensativo demais para conseguir comer a torta toda.

— O que dirá as estrelas, Elisabeth?

— Como é?

— O que dirá elas de tudo isso?

— De tudo o que, garoto?

— Deixa para lá... É outra coisa que Roy me disse. Estávamos conversando sobre um certo assunto e ele me veio com essa. O que dirá as estrelas?

— Você vai acabar ficando louco com isso.

— Talvez eu fiquei, mas vou entender o que ele quis dizer. Tenho a sensação de que tem algo a mais e eu vou descobrir.

— Boa sorte com isso!


O que dirão as Estrelas?Onde histórias criam vida. Descubra agora