Dezenove

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— Quando a alegria de outra pessoa

for sua alegria, você terá entendido o

significado de amar.


— Então só para confirmar, a nossa história ficará por assim mesmo? — Perguntou Elisabeth.

— Sim. Ficará do jeito que está. Uma garota de aproximadamente a nossa idade acaba se mudando de cidade, deixando sua melhor amiga. E por esse motivo, ela acaba conhecendo pessoas novas, que lhes abrem os olhos para grandes coisas. Então a isso irá envolver muitos assuntos literários ao mesmo tempo. Gêneros misturados. — Respondeu Roy.

— E já sabemos o nome do nosso livro? — Minha vez.

Roy olhou tudo envolta como se procurasse a resposta ao redor de nossa sala. Até que algo deve ter brilhado em cima de sua cabeça, pois ele estalou os dedos e disse:

— Que tal: Aos Olhos de Rita Francesca?

— Para mim está perfeito. Concorda Ettore?

— Claro, ficou ótimo.

***

A aula havia terminado assim que decidimos o título do livro. Roy ficaria com a responsabilidade de escrever a história, enquanto Elisabeth ficaria com a responsabilidade de revisar cada capítulo, concertando erros gramaticais e ortográficos, enquanto eu apenas teria o trabalho de divulgar a nossa história e compartilhando pelo site da escola o livro, para a votação.

Saímos da biblioteca, indo direto para o refeitório.

Estávamos prestes a virar a esquina, quando aparecera uma garota de estatura baixa, com seus cabelos castanhos amarrado num rabo de cavalo, com uma pilha de papéis em seus braços.

— Festa na minha casa no próximo sábado, eu quero todos vocês lá.

Por mais que não a conhecêssemos, ela entregou um folheto para cada um de nós e concluiu, dizendo:

— A fantasia, está bem?

E saiu, sem dizer mais nada, entregando pelo corredor mais folhetos para as pessoas dali presentes.

— Ela confia mesmo no povo dessa escola? Aposto que os pais devem estar viajando e não fazem

a mínima ideia de que sua casa irá virar um lugar para beijos estranhos e pessoas em coma alcóolico.

— Bem provável. — Disse Roy, concordando com a teoria de Elisabeth.

— Vocês vão? — Perguntei.

— Por que não? Cara, se tem uma coisa que eu gosto é de festa. Principalmente se ela for a fantasia. Vai ser demais. — Disse Elisabeth, olhando atentamente para o folheto, checando direitinho o endereço, o ponto de localização e a que horas iria começar.

— E você vai Roy?

— Faz um bom tempo que não participo de uma festa assim... Não vou perder essa chance por nada.

— E você vai, Ettore?

— Eu não sei. Nem sei se meus pais deixariam.

— Ah cara, dá um tempo. Você só está indo para uma festa. O que tem demais nisso?

— Você sabe como são os meus pais, Elisabeth.

— E se eu convencesse sua mãe, corujinha, a te deixar ir? Aposto que ela deixaria, assim como da última vez.

— Última vez? — Elisabeth fez uma cara, sem entender nada do que Roy estava mencionando.

— Fui nada casa do Ettore, então o convidei para irmos ao Cantinho das Estrelas, que fica em cima num dos morros. Então, a mãe dele deixou.

— E onde é que fica isso?

— Se você quiser ir, estou indo lá hoje. Você vai vir, não vai corujinha?

— Eu não sei se estou afim de sair hoje. Estou precisando é da minha cama e uma boa soneca. Vá você e Elisabeth, aposto que ela vai gostar de lá.

—Tudo bem, garotos. Depois discutimos isso, vamos comer antes que o intervalo acabe.

"Oi, eu sou a Alessa,

venha participar da minha festa a fantasia, onde irá ter comes e bebes, muita música, diversão E QUEM SABE algumas paquerinhas.

Rua Monte Carlo, n° 34 ao lado da mercearia Mir. 23/03 às 18:14

Te espero lá".


O que dirão as Estrelas?Onde histórias criam vida. Descubra agora