Uma semana é pouco tempo para fazer isso. Já nem quero fazer imagine agora com essa pressão de tempo. Vim de tão longe para morrer na praia, literalmente. Não Sina, você não pode! Cadê a coragem? Irei conseguir, é a minha vida, a minha vida que aquele idiota arruinou, ele tem que concertar. Doa a quem doer. Preciso de outro plano.
O resto daquele dia Joalin e eu ficamos no hotel tentando pensar em algo, mas nada vinha em minha mente. E nem na dela. Para termos idéias assistimos filmes e falamos com Any a noite, mas nada surgia em minha cabeça. Porém Any havia dito algo que me deixou pensativa. "Deixe acontecer, não fique pensando em maneiras para acontecer. Apenas deixe fluir". Será que funcionaria? Sou tão azarada que é capaz de ai não dar certo mesmo.
Passamos o dia seguinte todo na praia, não encontramos Noaj e nem Bailey. Mas também não os procuramos. Vou seguir o conselho de Any, deixar acontecer "quase" naturalmente. Como meu lado revés sempre fala mais alto, acabei adormecendo na areia e acordei toda queimada e dolorida.
- Joalin estou horrível. Olhe só para isso. – andávamos pela praia atrás de algum quiosque.
- Não está tão feio assim Sina, é normal, viemos à praia.
- Estou me sentindo um pimentão, então não é normal.
- Ah fiquei quita. – me abraçou de lado. – Vamos parar ali, ainda esta passando a minha novela.
Pedimos dois cocos e ficamos olhando a televisão. Joalin adora novelas, assiste quase todas quando não está no trabalho. Mas aquela novela estava interessante, tão interessante que me deu uma idéia.
- Ta vendo está menina? – apontou para a TV – Então ela ta seguindo esse cara porque acha que ele é suspeito de um crime, mas também gosta dele.
- Ela tá seguindo ele para pega-lo em flagrante? – perguntei enquanto olhávamos atentas a TV.
- Sim, está esperando para dar o bote.
Era isso. Olhei para Joalin como se tivesse contado a melhor idéia do mundo. Era isso. Eu tinha um plano que nem era tão plano assim.
- porque esta me olhando desse jeito?
- Tive uma ideia maravilhosa.
- Ah Sina, o que foi dessa vez?
- Vou seguir o Noah! – Essa ideia era perfeita, seguiria os passos dele e quando estivesse desprevenido, pimba, o pegaria de jeito e não teria como recusar.
Era o melhor plano, estou com pouco tempo e estando na cola dele não teria como perde-lo de vista. Não acredito que a mesma mente que me entrega, consegue ter idéias tão brilhantes.
- Sina isso não vai dar certo. Ele namora como vai pegar ele sozinho?
- Quando ele estiver sozinho, Joalin. Já tenho tudinho planejado. Dessa vez me livro desse azar e partimos de volta para o México.
Estava tão confiante que era impossível não dar certo. Continuamos no quiosque mais um pouco e descobrimos com a garçonete de uma casa noturna com música ao vivo bacana para ir. Este seria meu dia de folga e amanhã começaria minha caça a Noah. Adeus azar.
Voltamos para o hotel e por volta das nove horas fomos até o barzinho o lugar estava cheio e muitas pessoas dançavam no meio do salão.
- Vamos curtir, pois nossos dias em Acapulco estão contatos. Minha operação Caça Noah será cumprida em breve. – anunciei enquanto entrávamos no bar.
- Só me deixe dar mais uns beijos no Bailey, por favor. – Joalin pediu a risos e fizemos um toquinho em concordância.
- Vamos tomar alguma coisa.
- E dançar, por favor. – pediu Joalin. Fomos até o balcão e pedimos dois drinks simples, bebemos sozinhas enquanto olhávamos o movimento. A casa noturna era bem legal, as paredes eram pretas, o que ajudava na iluminação baixa e as luzes coloridas. A música também era legal, a banda tocava desde clássicos do rock até country.
Logo saímos para dançar. Joalin e eu amávamos ir a festas no tempo da faculdade, nos dias de hoje freqüentamos bem menos, mas ainda nos divertimos.
Soltamo-nos na pista e dançávamos como se não houvesse amanhã, remexíamos sem muita sensualidade e pulávamos ao ritmo da música. Dançar é sensacional, te leva a outra atmosfera e sua cabeça viaja com os movimentos do seu corpo, sente a música como todos dizem.
Estávamos tão felizes e sorridentes dançando que nem reparamos em quem estava a nossa volta, o que importava era dançar.
Meus olhos perambulavam pelo lugar vendo aquelas centenas de pessoas que nunca vi antes. Quando decidi olhar para cima onde ficavam os camarotes, e então o susto.
Os lindos olhos castanhos estavam me encarando à só Deus sabe quanto tempo, me observava atentamente. Era como uma imã desde o dia da praia estamos sempre sendo puxados para perto. Seria o destino me ajudando a resolver meu "pequeno" problema?
Não, não seria no exato momento em que iria acenar e tentar de alguma formar me aproximar, sua namorada apareceu e lhe deu um beijo de tirar o fôlego, mostrando o quão mínimas eram as chances de ter esse homem para mim.
- Vamos embora Joalin. – a puxei pelo braço.
- Mas já? Vamos dançar Sina, ta legal.
- Não, não já cansei. Essa musica esta me dando dor de cabeça. Vamos por favor? – pedi.
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Procura-se o amor
Teen FictionSina nunca teve sorte em seus relacionamentos, era como se o azar estivesse sempe ao lado dela nesse quesito. Essa maré de azar dura desde o ensino Médio. Todas as suas amigas estão com pé no altar, enquanto ela não consegue ninguém. Entretanto no e...