Capítulo 30

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Podemos dizer que a segunda-feira é o dia mais odioso da semana. Primeiro é o primeiro dia da semana, segundo sempre nos atrasamos na segunda e o pior o transito parece ainda mais infernal no primeiro dia de trabalho da semana. Uma verdadeira maravilha, ainda mais para alguém atrapalhada como eu.

Acordei atrasada, não escutei o despertador tocar e dormi quase meia hora a mais. A maioria de minhas roupas estava suja por conta do final de semana, tive que optar então por branco. Roupa branca e pessoa azarada são cosias que não combinam.

- Bom dia. – disse dona Ana à faxineira da casa

- Sinaaa... – Dona Ana exibia uma expressão assustada e um sorriso amarelo no rosto.

- Que foi dona Ana? Sei que hoje não é o dia da senhora vir limpar a casa, mas esta tudo uma zona sai fim de semana. A minha vida é uma zona, se a senhora pudesse arrumar minha vida também. – lamentei enquanto tentava calçar os sapatos.
- Ér você vai sair com o cabelo assim?

- Vou, estou atrasada, não tenho tempo de ficar penteando não. – meu cabelo nunca foi muito rebelde uma boa mexida com a mão já o deixava arrumado.

- Você não enxáguo o cabelo.

- Como? – coloquei a mão no cabelo e então percebi como estava duro e minha mão estava cheia de sabão. – Ah droga! To atrasada. – voltei correndo para o banheiro.

Molhei quase toda a minha blusa para enxaguar e passar condicionador no cabelo. Como havia esquecido isso? Até esqueci de trocar a blusa, meus sapatos já estavam apertando meus pés e nem havia saído de casa ainda. Não tive tempo de comer peguei uma maça, minha bolsa e desci para o estacionamento.

Estava quase correndo tinha dez minutos para chegar ao escritório. O transito estava um caos era horários de pico, todos estavam indo para o trabalho, escola, faculdade. Era um inferno de gente. E eu parada com o carro no meio da avenida em um sinaleiro que abre cinco vezes e não da para passar por conta da quantidades de carro na rua.

Batia o pé no assoalho impaciente com a demora e então percebi que havia colocado um sapato de cada par. Não pode ser estava com um sapato azul e o outro preto, um era aberto na frente e o outro era de bico. Não pode ser como eu faço essas coisas?

- E o premio Nobel de azarada, atrapalhada, sorte zero vai para... Sina Deinert! – ironizei sobre os acontecimentos. No carro ao lado estava cheio de pessoas e todas elas me olhavam como se fosse de outro planeta também. – Eu tava brincando. – sorri amarelo.

A solução foi colocar os tênis que estavam no carro, eram de caminhada e rosas, mas pelo menos era o mesmo par. Cheguei ao escritório quinze minutos atrasada e já estava esperando levar aquela bronca do diretor chefe. O escritório já estava uma correria, estavam conversando sobre acidentes do final de semana, falando sobre o que foi nas paginas policiais do ultimo final de semana. A mesma conversa de sempre.

Fui até a cozinha pegar uma xícara de café para acordar de vez. Quando estava levando a xícara a boca Carolina entrou correndo na cozinha e como era de se esperar derrubei café na minha blusa branca. Era claro só faltava isso para completar o dia.

- Carolina você me assustou, olha só. – peguei um guardanapo para limpara a mancha.

- Você viu seus sapatos?

Procura-se o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora