Capítulo 22

3.4K 309 124
                                    

Pouco tempo depois encontrei meus pais. Mamãe iria ajudar no almoço e meu pai iria pescar, ou seja, não teria a companhia de meus pais. Fui atrás de Joalin, estava com Bailey claro. Mas os dois me chamaram para darmos uma volta a cavalo. Como não havia nada melhor para fazer fui, mas tinha um problema: não sei andar a cavalo.

- Não é meio perigoso? – perguntei olhando os bichanos.

- Claro que não Sina, você precisa apenas ter jeito com eles. – falou o veterinário, para ele é fácil né, mas e para mim que sou um desastre com os bichos. Bailey passava a mão carinhosamente no cavalo amarelinho e ele parecia gostar.

- Você acha que eles vão gostar se eu passar a mão nele?

- Claro que vão, pode passar.

Aproximei-me devagar do cavalo de cor mais preta e tentei acariciá-lo, porém ele relinchou e virou a cara. Ganho fora até de cavalos.

- Af, ele não gostou de mim.

- Tenta devagar Sina. – Bailey pegou minha mão e tentou acariciá-lo de novo, mas ele não parecia muito feliz com meu toque.

- E se ele me derrubar?

- Ele não vai te derrubar. – Joalin entrou no estábulo com um chapéu de peão e logo colocou um em mim também. – Acho que assim ele gostara mais.

- Gente isso não vai dar certo.

- Você é pessimista demais, vamos levá-los para fora e eu te ensino a montar Sina.

Bailey levou o meu cavalo e o dele para fora e me passou algumas instruções básicas. Parecia ser bem fácil de montar, mas o cavalo não parecia gostar de mim. Não ficava quieto com os meus toques e eu não estava com uma roupa muito adequada. Mas também não iria ficar sozinha por essa enorme fazenda vendo meus amigos todos ocupados e se divertindo.

Enfim consegui montar, em cima do cavalo e com aquele chapéu até me sentia em algum clipe de cawboy, ou então em senti a mocinha daquele filme “Uma longa Jornada”, ah se um cawboy daquele aparecesse para mim...

- Como faço para esse negocio andar? – perguntei a Bailey que estava a meu lado.

- É só você bater as rédeas devagar, mas lembrem-se não as deixe soltas Sina, ou ele sai desgovernado por ai.

- Você acha que ele pode tentar me matar ou quebrar as minhas pernas caso eu faça alguma coisa errada? – Era bom saber antes o que esse bicho poderia fazer comigo.

- Acho! – A resposta de Bailey me tranqüilizou muito.

- Ok, vou tentar fazer direito.

- Isso, bata as rédeas e não as salte. – me avisou mais uma vez.

- Ta bom.

Fiz na maneira como ele disse, mas acho que bati forte demais as rédeas o cavalo se desembestou a correr sem caminho certo.

- Sinaaaa devagar! – gritou Joalin. Muito fácil falar quando ele já esta em movimento.

Puxei as rédeas, mas não adiantava ele continuava correndo desembestado. Então acabei batendo-as de novo, na busca por ele parar. Sabia que essa historia não daria certo, os animais me odeiam, nunca consigo viver em perfeita harmonia com eles.

- SOCORROOOOO! – gritei sem saber o que fazer. Ai é agora que é morro!

- Sina cuidado. – Joalin gritava atrás de mim tentando me alcançar.

O cavalo estava muito rápido e eu pulava como um canguru na garupa dele, se me jogasse no chão iria me machucar muito, mas se continuasse ali e ele me jogasse para fora também iria me machucar. O que faço?

E como em filmes de romance quando a mocinha em esta em perigo, ele sempre vem para ajudar. Era como se acontecesse em câmera lenta ele puxou as rédeas do cavalo e montou em minha frente. Segurou tão firmes as rédeas que o cavalo levantou as patas dianteiras e eu jurava que iríamos cair.

- Segura em mim!

Nunca me agarrei tão forte a um homem como me agarrei a Noah, estava apavorada e morrendo de medo. Ele fez alguns barulhos e o cavalo finalmente parou. Sim, ele parou. Noah me salvou. Ele foi como um galã de filme, um super herói, o salvador... Um anjo. Continuei parada com cara de boba me segurando nele.

- Você esta bem? Já podemos descer. – ele desceu primeiro e me estendeu a mão para poder descer também. Assim que fiquei no chão suas mãos estavam em volta de minha cintura e nossos olhos estavam fixos um no outro.

- Obrigada Urrea... Você me salvou. – esbocei um sorriso.

- Não foi nada Sina, não poderia deixar você se machucar. – ele tirou as mãos de mim e quase implorei para que me segurasse de novo.

- Obrigada de verdade, não sabia que tinha tanta agilidade assim.

- Essa fazenda é do meu avô, sei lidar com os bichos.

- Claro que sabe... – estava enfeitiçada pelo seu rosto, não conseguia parar de olhá-lo, havia-me esquecido até como piscar. Ele era fascinante demais e eu não deveria ter esses pensamentos

Eita,tem coisas boas chegando aiiiii🔥

Procura-se o amorOnde histórias criam vida. Descubra agora