Any me olhou assustada, não tive tempo de lhe contar tudo o que estava havendo. A cerimonialista também me olhava confusa. Mas não iria aceitar, ele acha que sou o que? Enquanto Noah não se decidir eu não vou mover mais um dedo por ele.
Any me chamou para conversarmos em particular e fomos até seu quarto. Contei a ela o que havia acontecido. Mas mesmo assim tentava me convencer a aceitar. Não queria estar ao lado dele no altar, isso já era um pouco demais.
- E você disse o que sentia a ele, Sina? Já parou para pensar que talvez vocês dois sintam a mesma coisa e não tem coragem de assumir?
Talvez ela até tivesse razão, não havia sido sincera com ele. Mas não poderia fazer isso correndo o risco de mais uma vez ele me esnobar. Era isso que iria acontecer e eu não iria permitir.
- Ele não sente nada por mim Any. Isso tudo é um jogo para ele, esta me querendo ver sofrer.
- Ai Sina, e agora quem vou colocar no lugar? – batia o pé impaciente.
Tentei pensar em alguém, mas não sabia quem, poderia pedir a Joalin. Mas até decidirmos tudo levaria um tempo e ainda corria o risco dela dizer não. Poderia ir com Noah e ignorá-lo o tempo todo assim ele entenderia de uma vez o quanto estou chateada.
- Ta bom. Eu vou com ele Any, mas estou fazendo isso por você.
- Será que não era melhor colocar as cartas na mesa Sina, dizer tudo o que esta sentindo e se livrar de uma vez desse peso?
- Anu eu acho que... – senti as lagrimas quererem invadir meu rosto. – Que eu o amo. Como posso contar isso a ele?
- Sina. – pegou minha mão. – Se você guardar isso para você será pior amiga e se ele sentir o mesmo e estiver escondendo? Precisa enfrentar o Noah de uma vez, esta a mais de dez anos se escondendo dele.
Ela tinha razão. Estava adiando para revelar meus sentimentos desde o ensino médio, mas não tenho coragem de revelá-lo ainda, para mim sempre fora uma coisa proibida e expor isso justamente para a pessoa dona de tudo isso era demais.
Resolvemos o problema do casamento a cerimonialista tirou a enorme ruga que estava na testa e combinamos de fazer a ultima prova do vestido de madrinha no dia seguinte.
Sai do apartamento junto com Noah, mas não trocamos nenhuma palavra até chegarmos a rua.
- O que você esta querendo Noah?
- Como assim?
- Não diga que você não tinha pensado nisso já. Quer que eu entre no casamento com você, suporte a sua presença, mas não me conta sobre os seus sentimentos? Eu não to mais a fim de brincar!
- É complicado, Sina. – suspirou – Eu... Eu não consigo! – Confessou.
Seus olhos diziam que a afirmação era verdadeira, mas porque não conseguiria? Qual seria os seus verdadeiros sentimentos?
Dava-me raiva tudo isso, quando mais essa historia se estendia mais confusa ficava. As palavras poderiam ser mais fáceis de serem ditas. Não poderia julgar, eu também não havia sido sincera e não conseguia ser. Tivemos tantas e tantas barreiras entre nós, distancia, antipatia, relacionamentos amorosos para no final o que realmente impedir que sejamos sinceros e encerremos de vez este ciclo sejam apenas palavras.
- Quando conseguir pode ser tarde! – alertei e segui até meu carro.
Tinha que pressioná-lo ou eu mesma irei morrer com as palavras que tenho medo de sair de minha boca. Se tiver coragem de confessar para mim, porque não posso ter essa mesa coragem para confessar a ele?
Já senti tanto medo da rejeição que estou chegando à conclusão que esse é dos menos males. Fui atrás desse bendito cara tão longe, cai de cara na área, agarrei um velhinho, tentei assediá-lo em todos os lugares possíveis tudo por causa de um azar maluco e de uma teoria pior ainda e agora essa teoria esta se cumprindo, fui atrás somente de uma transa e voltei com o amor. O tão insolente amor.
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Procura-se o amor
Roman pour AdolescentsSina nunca teve sorte em seus relacionamentos, era como se o azar estivesse sempe ao lado dela nesse quesito. Essa maré de azar dura desde o ensino Médio. Todas as suas amigas estão com pé no altar, enquanto ela não consegue ninguém. Entretanto no e...