8. Jonathan

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Momentos antes do resgate

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Momentos antes do resgate...

Jonathan

Já é madrugada quando chego em casa depois de uma noitada regada a bebidas, danças e muito sexo com a gostosa da Helena. É, estou radiante e ao mesmo tempo me sinto vazio. Não era exatamente o que eu esperava. Helena é simplesmente linda e na cama ela é uma leoa, mas falta algo. Penso e assim que passo pelo hall, encontro a minha família reunida na sala. O que é uma novidade para mim já que o dia está prestes a raiar.

— Boa noite, família, ou seria boa madrugada? — ralho com humor, mas eles permanecem sérios e parecem preocupados. — O que aconteceu? — pergunto olhando de um para o outro.

— Vem comigo, filho. — Papai pede levando uma mão ao meu ombro e seguimos para o seu escritório. Isso me deixa alarmado, porque sempre que ele quer ter um papo sério comigo age assim. — Sente-se! _ Ele pede e eu faço.

— Está me deixando apreensivo, pai — falo e ele suspira, fitando os meus olhos.

— É sobre a Delia e a Jasmine.

— O que elas?

— A comunidade foi tomada por facções rivais e eles iniciaram uma guerra lá dentro. A Jasmine foi do colégio para casa e a Delia não quis deixá-la sozinha e, ...

— Ok, mas ela sempre fica em casa trancada quando isso acontece. Qual é a novidade?

— A Delia levou um tiro, filho. Ela está no hospital entre a vida e a morte.

— Caralho! — sussurro. — E a Jasmine?

— Não temos notícias dela. — Levanto-me exasperado, pego o meu celular e disco o seu número. O telefone toca até cair na caixa de mensagens. Jasmine não! Penso sentindo o meu coração ser comprimir dentro do peito.

— Nós temos que ir lá, pai!

— Ficou maluco? Está tendo uma guerra do tráfico lá dentro, Jonathan. O que você acha que podemos fazer lá?

— Eu não sei! Só sei que não é certo deixá-la lá sozinha! — rebato exasperado. — Olha, se você não quiser ir, me ceda alguns dos seus seguranças que eu vou! — falo impulsivo. Ele se levanta da cadeira executiva e vem até mim com passos firmes. Me olha nos olhos e diz friamente:

— Eu o proíbo, Jonathan! O proíbo de ir aquela comunidade e o proíbo de sair dessa casa, entendeu?! — Engulo em seco, mas não deixo de encará-lo firmemente. Tenho vontade de gritar com ele, de esmurrar qualquer coisa na minha frente, de quebrar tudo ao meu redor, mas eu simplesmente respiro fundo e saio do escritório, tentando mais uma ligação. Preciso respirar. Meu corpo inteiro está gelado por dentro e eu já consigo ouvir os meus próprios batimentos cardíacos ecoando alto dentro dos meus ouvidos. Ligo mais uma vez, mas ela não atende. Em desespero choro igual um moleque trancado dentro do meu quarto.

10. Me Apaixonei e Agora? - RETIRADA 1° DE SETEMBRO Onde histórias criam vida. Descubra agora