20. Jonathan

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Jonathan

Me jogo na cama e fico horas a fio olhando para o teto. Eu tenho uma ideia fixa na minha cabeça. Levar a Jasmine para o Cristo Redentor para juntos admirarmos a madrugada carioca, com uma visita espetacular. Logo depois seríamos arrebatados pela mais extraordinária visão, o pôr do sol. Isso com certeza a deixaria mais calma e ela pensaria com mais clareza em não me abandonar. A sensação de ser abandonado estava acabando comigo e de repente descobri que respirar sem ela por perto seria a coisa mais difícil da minha vida. Eu não saberia sobreviver. Sou completamente dependente dessa garota de apenas dezessete anos e meio. Sorrio. Agora a minha ficha caiu como um raio sobre a minha cabeça. Jasmine é apenas uma garota amedrontada e sozinha no mundo – embora tenha sempre a minha família por perto eu sei que para ela não é a mesma coisa. E eu sou um filho da puta que aprisionou o seu frágil coração. E droga, ela é só uma menina! Suspiro voltando a linha dos meus pensamentos. Eu definitivamente não esperava que ela se entregasse para mim dessa maneira. Chego a sufocar com essa lembrança. Minha, toda minha!

— Você é minha, meu amor! — Me pego sibilando e a droga do meu sorriso parece se espalhar ainda mais pelo meu rosto. De coração, corpo e alma. Penso e pra minha surpresa me vejo todinho seu. De coração, corpo e alma. Cada pedacinho meu tem o seu domínio, é ela quem comanda cada ação minha e preenche cada segundos dos meus pensamentos. Quem diria que aos dezoito anos eu estaria inteiramente e completamente entregue ao amor dessa maneira? Eu não. Lembrar de nós dois fazendo amor naquele solo sagrado é algo muito, muito especial para mim. Eu sei que recebemos a benção de Deus lá. Sim, o nosso amor foi aprovado e abençoados por ele. Para mim tudo está claro com um sinal de que fomos feitos um para o outro e que não há outra saída. Seremos eternos. Até que a morte nos separe! Suspiro. Foi a sua primeira vez e foi... perfeito, foi lindo, foi marcante e inesquecível. Suspiro outra vez me virando para o lado na cama e olho para a porta fechada do meu quarto.

— Não acredito que você fez isso, Jonathan! Estou decepcionado com você!

Ouvir isso da boca do meu pai foi como uma facada no meu peito. Ele nunca teve motivos para se decepcionar comigo porque eu sempre fui um motivo de orgulho para ele.

— Se você realmente a amasse, não a colocaria em perigo desse jeito! Eu realmente não esperava isso de você, filho!

Suspiro desanimado. O pior é que ele tem toda razão, mas não me condenem. Eu só não podia deixá-la ir embora assim. Não podia deixá-la me abandonar a beira de um precipício. Eu não estava preparado para ficar sem ela e como já disse, não consigo fazer mais nada sem ela e isso inclui pensar direito. Em tão pouco tempo Jasmine se tornou o meu tudo, a minha vida e a minha existência. Parece exagerado, eu sei. Mas o fato é que agora ela é o motivo da minha sobrevivência, então o que eu poderia fazer? Eu tinha que tentar resgatá-la antes que fosse tarde demais e... Deus, eu fiquei cego. O perigo já não me incomodava mais porque a maior ameaça, a ameaça real era ser obrigado a viver longe dela. Entretanto, o meu pai não deixa de ter toda razão. Eu pus as nossas vidas em perigo.

10. Me Apaixonei e Agora? - RETIRADA 1° DE SETEMBRO Onde histórias criam vida. Descubra agora