4. Jasmine

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Jasmine

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Jasmine

Me sinto patética olhando o Jonathan se engraçar por qualquer uma que passa perto dele. Bufo internamente. É incrível como ele nunca olhou pra mim com os mesmos olhos que olha pra todas as outras meninas. Portanto, assim que o vejo entrar na área de lazer da casa, resolvo ir para a piscina e dar um mergulho para desanuviar a minha cabeça. A verdade, é que não estou a fim de ouvir quantas cantadas levou hoje, ou porque a Helena o ignora o tempo todo, e nem mesmo qual será a próxima vítima a ser encurralada contra uma parede. Não mesmo! Antes de entrar na água tenho o cuidado de fazer um coque alto nos meus cabelos para não os molhar, me encosto contra os azulejos da piscina e fecho os meus olhos para apreciar o calor do sol que aquece a minha pele. Até tomar um inesperado banho de água fria, que me fez soltar um grito de surpresa.

— Mas que droga, Jonathan! — esbravejo. Contudo, o desgraçado rir em alto e bom tom. — Idiota! — Começo a jogar uma sequência de rajadas de água no seu rosto, porém, Jonathan age rápido e caminha na minha direção, mas eu não paro. No fundo estou me divertindo com a brincadeira. Ele segura bruscamente a cintura e imediatamente o meu corpo é colado ao seu, impossibilitando o meu ataque. No segundo seguinte sou chocada contra a parede atrás de mim e, caramba, eu nunca o tive tão próximo assim! Droga, eu consigo sentir o seu cheiro, é suave e cítrico ao mesmo tempo. O seu hálito quente bate na minha pele bem próximo da minha boca. E... oh Deus, ele está olhando para minha boca agora! Estamos tão colados que eu... me pego fechando os olhos e espero o beijo finalmente acontecer. Segundos depois, solto um suspiro baixinho porque o beijo não acontece e imediatamente eu me pergunto: o que eu fiz de errado? Será que eu demonstrei tanto assim querer esse beijo? Jonathan se afasta de mim aos poucos. Ele está sério, porém, os seus olhos amendoados ainda estão nos meus, até ele mergulhar para longe de mim. Sem jeito, resolvo sair da piscina e volto para a espreguiçadeira, ponho os óculos e fico quietinha apenas olhando na direção de Mick, mas não vejo nada realmente além daqueles olhos. Eu sempre guardei uma paixonite pelo meu amigo de infância, mas nunca passou disso. Senti-lo pela primeira vez assim tão perto mexeu comigo e a agitação ainda corre na minha corrente sanguínea. O meu coração está tão acelerado que parece que irei enfartar a qualquer momento. Agitada, me levanto e vou para o banheiro que fica na lateral da área de lazer, fecho a porta e de olhos fechados escorrego por ela. Droga, Jas você precisa acalmar as suas emoções! Merda, não sei se choro ou se grito de frustração! Foi por tão pouco, estávamos tão perto. A milímetros de acontecer o que eu mais almejei na minha vida. Um beijo. Um mísero beijo! Era tudo o que mais desejei naquele instante. E depois, o que aconteceria depois? Com certeza ele se afastaria de mim e me trataria como uma qualquer, e no final fingiria que nada aconteceu. Definitivamente isso acabaria com a nossa amizade e consequentemente acabaria comigo. Talvez tenha sido melhor assim. Penso e respiro fundo, me levantando do chão. Vou até o espelho do balcão e me encaro nele. Está na hora de ir pra casa, Jas. Digo para mim mesma e passo a mão em meu rosto, secando a lágrima solitária, e saio do banheiro logo em seguida. Sem falar com ninguém entro na casa, troco de roupa e pego a bolsa que deixei no quarto da Cristal. Sigo para a cozinha e deixo um beijo no rosto da minha avó. Ela me sorri docemente e observa as minhas vestes.

10. Me Apaixonei e Agora? - RETIRADA 1° DE SETEMBRO Onde histórias criam vida. Descubra agora