Capítulo 13.

12.2K 594 107
                                    

Carol saiu do banheiro, e se arrumou. Ela tava muito linda, a beleza é de família! esperamos a Larissa lá fora. Titia deixou a gente ir por um milagre de Deus, porque ela agora tá falando que nós saímos muito, precisamos ficar mais com ela. Larissa chegou meio atrasada, não me perguntem, eu não sei a hora que foi.

- Vamos, putas? - Larissa falou.
- Vamos! - Nós falamos juntas.

Fomos no carro da mãe de Larissa. Carol botou uma música pra animar a gente e fomos assim o caminho todo. Quando chegamos, saímos do carro e fomos até o local do baile. Tinha muito gente lá, estava lotado. O funk estava muito alto! as mulheres dançavam fazendo quadrinho, os homens bebiam e fumavam. Fomos até um bar e pedimos nossas bebidas.

- Me manda uma cerveja, por favor! - Larissa pediu.
- Eu quero o mesmo. - Carol falou.
- Eu quero só uma Coca mesmo. - Falei.

As duas me olharam sem entender.

- Qual é gente, tá cedo demais! não tô afim de beber agora. - Sorri.

Quando a bebida chegou, nós bebemos e ficamos dançando. Larissa dança demais, tenho que admitir. Depois de um tempo, pedi uma cerveja, e depois mais uma e mais uma.

- Vai com calma, mana. - Carol falou rindo.
- Ou, tira uma foto de nós? - Perguntei pra Larissa.
- Claro. - Eu dei meu celular pra ela, e ela tirou uma foto minha e da Carol, resolvi postar agora mesmo.

Depois guardei meu celular e continuei dançando. Parei quando Carol falou no meu ouvido.

- Você não sabe quem tá aqui.
- Quem? - Perguntei.
- Coringa. - Ela falou me olhando.
- Hum, tá.
- Por que será que ele tá aqui?
- E eu vou saber? olha, para de falar daquele ridículo e vamos curtir.

Ela sorriu e bebeu um pouco da sua bebida. Quando eu vi, Larissa já nem estava mais aqui.

- Safada! - Eu falei comigo mesma.

Como eu tava muito apertada, resolvi ir ao banheiro.

- Amiga, viu ir ao banheiro, já volto. - Avisei para Carol e ela assentiu.

Fui até o banheiro, e tava uma fila grande, puta que pariu hein. Decidir esperar um pouco. Olhei para trás e vi ele, o Coringa. Ele me olhou e veio até mim.

- O que tá fazendo aqui?
- Me divertindo, e você?
- O mesmo. - Ele falou.
- Hum, entendi. - Falei.

Ele continuou ou ali, continuou me olhando, mas dessa vez foi um olhar diferente, ele olhava nos fundos dos meus olhos.

- Para de me olh... - Ele me interrompeu.
- Cala a boca!
- Vai se foder. O que você tá fazendo ainda aqui? sai cara. - Eu falei revirando os olhos.

Ele me olhou e sorriu, então ele chegou mais perto de mim e encostou os lábios dele no meu. Tentei resistir, mas não dava! ele pode ser um filho da puta, mas é um filho da puta gostoso, aí meu Jesus, bota gostoso nisso. O beijo foi ficando mais intenso, ele colocou a mão dele no meu cabelo, eu coloquei a minha mão na cintura dele e quando nosso fôlego acabou, ele olhou pra mim e disse:

- Não consegue resistir ao gostosão aqui. - Ele falou sorrindo.
- Quem me beijou mesmo? ah, foi você! - Eu olhei pra ele. - Cansei de esperar, tchau.

Sai dali o mais rápido possível, e voltei pra onde eu estava. Quando voltei já não encontrei a Carol ali, então peguei minha bebida e fiquei bebendo, mas não consegui esquecer o beijo. Coringa tem uma pegada forte, beija bem, aí meu priquitinho! aquieta. Decidir tentar parar de pensar nisso, dei mais um gole da bebida e comecei a dançar, os homens começaram a falar coisas e eu nem liguei, só continuei dançando. Senti alguém atrás de mim, e me virei pra ver quem era.

- O que você pensa que tá fazendo?
- Você parece uma lagartixa tendo convulsão. - Ele riu de mim.
- Mas você tava gostando, né. Que foi? não conseguiu esquecer meu beijo e já veio atrás? - Perguntei dando um sorriso.

Eu pensei que ele não iria fazer nada, mas ele pegou no meu braço e começou a me puxar pra fora do baile.

- Me solta, maluco! socorro, ele que me estuprar, socorro!! - Gritei pedindo ajuda.
- Fica calada, cão.

Quando chegamos fora do baile, ele me puxou e me levou até onde estava estacionado um carro.

- Entra.
- O que? eu não vou entrar no seu carro.
- Entra, caralho. - Ele gritou.

Nem esperei ele mandar de novo, entrei no carro e logo depois ele entrou também.

- Pra onde você vai me levar?
- E quem disse que vamos sair? - Ele respondeu.
- Então por que mandou eu entrar? você é doido?
- Só cala a boca e me beija!
- Você tá drogado, eu não vou beijar você de novo.
- Ah, você vai sim. Sabe por que? porque você quer, eu aposto que tá querendo me beijar.

Droga, dava pra perceber tanto assim?

Amor na comunidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora