Amor na comunidade

Capítulo 46.

Quando amanheceu, fui pra casa, cheguei lá encontrei vovó sentada no sofá.

Me assustei.

Eu esqueci que ela iria chegar hoje. Droga!

- Minha neta! - Vovó assim que me viu, veio me dar um abraço.
- Vovó! - Dei um abraço nela.

Vovó estava empolgada, ficou conversando sobre tudo e sobre todos várias horas.

Não iria contar nada agora, claro! ela nem chegou direito e eu já vou contar uma bomba.

- Como tá sendo ficar aqui, meu amor? eu estava morrendo de saudades! - Ela falou.
- Tá sendo diferente, mas ótimo. - Dei um sorriso.

Depois Carol chegou e a tia, aí foi uma choradeira, abraço pra lá, abraço pra cá.

- Meu Deus! você está tão grande. - Olhou pra Carol indignada.
- Eu cresci, vó! - Ela riu.

Vovó e a tia ficaram conversando muito.

Quando deu a hora do almoço, minha vó fez questão de fazer a comida.

- Não precisa, mãe... vai descansar. - A tia falou, vovó revirou os olhos.
- Vou fazer o almoço e pronto. Se lembre que eu ainda sou tua mãe. - Vovó riu e a tia levantou as mãos em forma de rendição.

Rimos. Carol e eu ficamos vendo TV até o almoço ficar pronto.

- Caralho, vó, a senhora é braba! - Carol falou comendo a lasanha.
- Você fala como gente, garota! - Vovó a olhou assustada, depois Carol riu.
- Tá bom pra porra, vó. A senhora é show! - Pisquei pra ela e ela agradeceu rindo.

Assim que acabamos de comer, titia ajudou a vó a lavar os pratos, eu e Carol guardamos eles.

Titia tinha que ir trabalhar, e ela foi. Decidimos ir mostrar a comunidade pra a vó e ela aceitou.

Saímos de casa, e fomos mostrando cada coisa daqui.

- Vó, vamo tomar um sorvete! o daqui é pica! - Carol falou animada.
- Meus ouvidos sangram. - Nós rimos.

Então fomos, cheguei la, pedi um de chocolate pra mim, um de flocos e outro de morango.

- Quem é que gosta de sorvete de morango? pelo amor de Deus.
- Eu gosto! é muito gostoso. - Vovó falou comendo seu sorvete de morango.
- Pois, prefiro meu chocolatezinho! troco por nada nesse mundo. - Falei comendo.

Uma moto parou aqui, logo vi quem era. LC.

Ele veio até nós e nem se importou com a vó, já foi logo falando besteira.

- Fala minha nega! - Deu um beijo na boca da Carol.

Depois veio até mim e me deu um beijo na testa.

- É... LC, essa é a nossa vó. - Apresentei.
- Pô, nem vi a senhora, foi malzao. Prazer, LC.
- Oi, meu jovem. Prazer, Gildete.

LC e vovó ficaram conversando horrores. Depois que acabamos, ele fez questão de pagar, então deixamos.

- Foi um prazer. Depois vai lá pra casa, quero te conhecer melhor! - Vovó falou com o LC.
- Pode deixar, dona. - Ele falou e saiu.

Caminhamos e fomos pra casa.

- Seu namorado é legal, Carol. Mas o jeito dele falar, misericórdia! parece um bandido.

Carol olhou ela com medo, certeza que não passava nem sinal de wi-fi no cu dela. Imagina no meu.

- O que foi, Carol? aí, não vai me dizer que ele é... - Carol abaixou a cabeça com vergonha. - Responda, menina!
- É, vó... ele é sim. - Ela levantou a cabeça e falou.

Vovó a olhou assustada. Puts, ferrou.

- Eu não acredito... como sua mãe deixou? meu Deus, Carol! como você tá perdida.
- Vó, pelo amor de Deus! sem escândalo. - Falei.

Carol já chorava envergonhada.

O que ela podia fazer? ela estava apaixonada, os dois se amam! sei que é errado, mas porra!

- Você é uma vagabunda mesmo. - Vovó deu um tapa em sua cara.
- Você não pode falar assim com ela, vó. Não mandamos em nossos corações! se põe no lugar dela, por favor.

Vovó não é assim.

- Ela da pra traficante, Elisa! não venha defender ela.
- Se sair mais alguma coisa da sua boca, vovó, eu juro que nunca mais olho na sua cara. Sou muito grata por tudo oq a senhora fez por mim, mas isso já basta, ok?
- Como você pode?
- Para, Gildete!

Levei Carol pro quarto, deixando vovó na sala.

- Vou conversar com ela, não se preocupe! lembre-se que não é só você que está com traficante. - Falei com Carol.
- Obrigada... - Ela falou.
- Somos irmãs, certo? devemos uma defender a outra. - Ela balanço a cabeça e deu um sorriso fraco.

Vou precisar ter uma conversa séria com a vó.

votem e comentem!
- Vick.