Amor na comunidade

Capítulo 37.

Ajudei a tia a recolher os milhos do chão. Logo depois eu me joguei no sofá e fiquei jogada lá, tava com tanta preguiça.

- Vou precisar sair. - A tia falou.
- Pra onde? - Carol perguntou.
- Vou ajudar meu patrão com uma coisa.
- Mamãe, que coisa feia! tá dando pro patrão? - Carol falou e eu ri.

Titia olhou assustada pra ela.

- O que? menina, você me respeita! nunca faria isso, sua nojenta. - Carol riu e concordou.
- Tu quer apanhar de novo, né? - Perguntei pra Carol rindo.

Titia se despediu e saiu. Quando bateu a fome, fui na cozinha pra fazer comida, mas fiquei com preguiça.

- Aí, tô cansada! vou fazer não. Faz tu, Carol. - Gritei.
- Eu não. - Carol respondeu e eu revirei os olhos.

Menina preguiçosa.

Voltei pra sala e me joguei no sofá, fiquei mexendo nas redes sociais. Fiquei conversando com o coringa, o desgraçado me chamou pra a praia, mas ninguém precisa saber, né? titia me mata de souber que eu vou sair de novo!

- Ou, vamo no zetinho, almoçar lá. - Carol sugeriu.
- Vamo. Tem dinheiro? - Perguntei.
- Trabalho né, fia. - Ela respondeu.
- Ótimo, vai pagar pra mim. - Sorri e ela revirou os olhos.

Peguei meu celular, e botei no bolso. Saímos de casa, indo até o zetinho, lá tem tudo oq você imaginar, sério! e tem cada comida gostosa... aí, até minha fome aumentou.

No caminho fomos falando com umas pessoas conhecidas, e olha que não são poucas! titia é tão famosa aqui na comunidade, que até a família de titia toda comunidade já conhece.

- Carol... como está sua mãe? - Chegou uma velha pra falar com Carol.
- Tá bem, e a senhora? - Ela respondeu.

Ela e a velha conversaram por horas, credo. A velha saiu sem falar comigo, tudo bem que ninguém é obrigado, mas nem me olhou, nem um tchauzinho.

- Velha mal educada. - Falei alto mesmo, pra ela ouvir.
- Tá falando de mim? - Eu me virei para trás.
- Sim. - Respondi.
- Cadê o respeito? eu sou mais velha! - Ela falou.
- É... é bem mais velha mesmo, viu! - Falei rindo, a mulher me olhou com uma cara nada boa e saiu. - Vai embora mesmo velha que não tem educação! - Gritei e Carol me olhou assustada. - O que foi?
- Olha a vergonha que você tá me fazendo passar... se a mãe souber, tamo fudida. - Carol falou andando.
- Tô nem aí. - Respondi simplesmente isso.

Fomos almoçar, eu pedi uma lasanha, Carol também.

- Ou, trás por favor, uma porção de batata frita! - Carol falou, o homem assentiu.
- Tu vai pagar tudinho, já disse, né? - Ela riu.
- Você vai pagar pra mim, na próxima! - Dessa vez, eu ri.

[...]

Carol já tava no décimo sono, então eu saí do quarto com uma mochila nas costas, quem me vê assim deve até pensar que eu vou fugir.

Antes de sair, passei no quarto de titia, chequei pra ver se ela tava dormindo mesmo... e tava! essa daí só acorda amanhã.

Mandei mensagem pro coringa, ele nem respondeu, só visualizou. Mas logo vi ele parado em frente a minha casa.

- Oi, desgraçado. - Falei entrando no carro, botei minha mochila no banco de trás. - Pra que trazer arma?
- Fala, filha da puta. Se acha que eu vou sair com tu pro asfalto sem arma? tá doidona, fia. - Ele respondeu.

Falei mais nada.

Caminho todo foi em silêncio, mas não tipo um constrangedor.

Paramos em frente a praia, e não tinha ninguém. Agora entendi porque ele quis vir de noite.

Peguei minha mochila, e saímos de carro, fomos pra a areia. Estendi minha canga, e se sentamos lá.

- Tô com fome, vai comprar algo pra mim. - Falei e ele me olhou.
- Muito abusada, porque não trouxe dinheiro?
- Você me convidou, você paga! beijinhos.

Ele sorriu e saiu, logo depois voltou com comida, fiquei feliz na hora.

- Você é o melhor, cara. - Falei mordendo um pedaço.
- Novidade. - Ele falou e eu sorri.

Ficamos conversando um papinho gostoso, e comendo também, claro. Até que eu pedi pra ele tirar uma foto minha.

Então, tirei minha roupa, ficando

apenas de biquíni. Dei meu celular pra ele e ele bateu a foto.

Logo postei nas redes sociais.

Instagram

@Elisamotta: eu sou muito gata, mané.

@LC666:  agora entendi pq o outro saiu daqui felizão.
@Larasilva: quando eu crescer quero ser igual a tu
Binhozão: filha da puta linda do caraio

Olhei os comentários rindo. Mostrei os comentários pra o coringa, ele gargalhou. 

A noite com ele tá mó gostosinha, ficaria aqui até de manhã, mas tenho que ir pra casa, né.

Começamos a se pegar ali mesmo.

- Vamo uma rapidinha aqui? - Ele perguntou.
- Cê tá doido? nem morta! - Ele bufou.
- É só você não gemer muito alto.
- Hoje não, Coringa.

Ele me respeitou, apenas assentiu e eu perguntei.

- Tá bravo?
- Claro que não. Depois te como, ainda como seu cuzinho! - Gargalhei.

Era assim, ele me fazia um bem tão bom, que as vezes eu esquecia de tudo, de todos.

Eu só queria ficar mais ali, só com ele, ele e eu, sem mais ninguém. Porém ele trabalha, e eu não posso deixar titia saber.