Capítulo 34.

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Deu a hora de ir para o baile, e eu já fui pro banheiro tomar banho. Tirei minha roupa, e entrei no box, fiquei alguns minutos no banho. Depois que acabei, eu fui ao quarto, peguei um cropped preto e um shortinho branco, vesti minha roupa, e calcei meu tênis. Comecei a me maquiar, enquanto ela.  Carol tomava banho. Fiz uma make nada muito "cheguei" apenas fiz uma bem básica. Peguei o pente, e o creme, peguei o creme e botei no cabelo, e espalhei, logo depois peguei o pente e comecei a pentear ele. Arrumei meu cabelo, ele tava lindo. Carol chegou no quarto, e começou a se arrumar, logo ela veio me enjoar pra passar chapinha no cabelo dela.

- Por favor! - Ela pediu fazendo uma carinha de cachorro sem dono.
- Nem faz essa essa cara. - Falei dando uma risada fraca.
- Deixe de ruindade, pô! - Ela insistiu.

Ela ficou insistindo demais, então acabei fazendo a chapinha. O cabelo dela é lindo, todo liso, mas ela gosta de passar mais... não sei pra quê viu.

Carol e eu saímos umas 1:48 de casa, e fomos pro baile. Encontramos com a Larissa toda linda, já se pegando com um.

- Que isso, Larissinha? pensei que tu era lésbica, porra! - Falei brincando, fazendo eles dois me olharam, Larissa me olhou com uma cara de cu.
- Opa... quer vir também? posso meter em vocês duas se quiserem! - O homem falou, e eu revirei os olhos.

Escroto demais. Nem precisei abrir minha boca pra falar nada, o surtadinho do coringa brotou do inferno e respondeu:

- Cai fora, porra... - Coringa mostrou sua arma, e o homem saiu rapidinho. - Moleque otário.

Eu dei uma risadinha, e entramos no baile. Já era possível ver mulheres se esfregando nos traficantes, homens com várias armas, fuzis, pistolas... aqui não pode criança, coringa não deixa entrar, ele também não vende pra criança, e eu acho isso massa, pô.

Fomos para o camarote, onde só ficava gente que tem poder, e suas amantes, fiéis. Peguei uma breja, hoje eu estava com vontade! abri a latinha e logo botei na boca, bebendo um pouquinho. Já tava tocando uns funk maneiros, pô! já botei a bebida mais pra dentro, e já fui começando a dançar, comecei com um quadradinho, depois fiz a tremidinha e rebolei.

Carol ficou foi se esfregando no LC, que já devia estar duríssimo... Carol tem um corpão, e uma bunda, que puta que pariu!

[...]

Já tinha bebido, sei lá... 6 latinhas de breja, duas Skol Beats, catuaba... porra, eu já estava doidinha!

- Aconteceu, minha vida estava no lugar, tudo parecia se encaixar, foi quando eu te vi... - Cantei ouvindo a música do Dilsinho, refém.

Porra, eu sou apaixonada nessa música. Não sei porquê, mas acabei lembrando do coringa na hora.

- Escureceu
Tudo que era verdadeiro em mim
Num instante foi chegando ao fim
Foi quando eu te vi... - Olhei para trás, e vi ele, o dono do sorisso mais lindo...  o coringa.
- E as loucuras dentro do cinema
Aquela linda cena que a gente viveu
E num quarto de motel barato
O espelho enfumaçado e um recado seu
Uma paixão de contos literários
Você é Julieta e eu, o seu Romeu - Cantei olhando pra ele, e ele deu um sorriso.

Ele veio próximo de mim, e sem falar mais nada, me olhou, e depois me beijou, foi um beijo lento e gostoso pra caralho, qualquer coisa depois eu botava culpa na bebida.

Assim que paramos, para recuperar o fôlego, ele sorriu pra mim e falou:

- Porra, garota... o que tá fazendo comigo, hein? - Ele perguntou, e eu soltei uma risada.

Ele me puxou pra fora do baile, e já me puxou pra dentro do seu carro... acho que vocês já entenderam, né?

Quando tudo acabou, eu saí de de cima dele, e fui para o seu lado, olhei pra ele e falei.

- Nossas loucuras foram dentro do carro, acho que precisamos ir pra um cinema, um dia... - Ele riu, e me encarou. - O que foi?
- Acho que precisamos ir mesmo.

Ô Deus, olha o que esse preto tá fazendo comigo!

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