Capítulo 31.

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Primeiro, levei a Elisa no postinho daqui do morro, e fiquei com ela lá. Mandei avisarem pra a tia e a Carol que ela tava qui. Depois de uns minutos, elas chegaram.

- Cadê ela? cadê a minha menina? - A tia me perguntou desesperada.
- Hum... calma! ela tá bem, e tá lá dentro com o médico.
- Mãe... fica calma, ok? a Elisa já está bem, não vou deixar mais nada acontecer com ela. - Cara tentou acalmar a mãe.

E ela me olhou, chegou mais próximo de mim.

- Obrigada, obrigada por trazer a minha menina de volta. - Ela sorriu, depois me abraçou.

Eu fiquei meio sem jeito, tá ligado? mas no final, eu a abracei também.

- Eu preciso sair, resolver umas paradas... vocês vão ficar aqui, né? - Perguntei.
- Sim, pode ir... obrigada de verdade, coringa. - Carol falou e eu dei um sorriso pra ela.

Saí daquele postinho, e fui pra boca, encontrei os moleques lá.

- Como ela tá? - LC foi o primeiro a abrir a boca, assim que eu cheguei.
- Ela tá bem. - Respondi.
- Depois nós vai colar lá. - Binho falou, e eu assenti. - O que você quer com a gente?

Todos me olharam.

- Quero retribuir o favor. - Falei pegando a mala.
- Pô cara, é isso mesmo que eu tô pensando? - GB falou e eu assenti. - Caraio, vou te ajudar sempre então.

Muito idiota essa porra, hein. Acabei dando um pouco pra cada, até os meus ganharam, claro.

- Eita porra, tô mó felizão. - LC falou.
- Moleque feio. - Falei rindo.
- Feio, mas com dinheiro, bebê. - Falou fazendo todo mundo rir.

Me despedir de todos ali, e logo o GB e seus homens meteram o pé, então foi eu, Binho e LC pro hospital e acabamos encontrando a Larissa no caminho.

- É verdade? ela já tá de volta? - Larissa perguntou ofegante, provavelmente veio correndo.
- É sim. - Os menino responderam.

Então fomos nós quatros pra lá. Assim que chegamos Larissa foi conversar com a Carol, Binho ficou comigo e o LC foi falar com a tia da Elisa. Depois de uns segundos, Larissa veio até mim.

- Qual foi? - Falei.
- Preciso falar uns bagulho com tu, porra. - Ela falou séria.
- Solta a voz. - Falei.
- Eu sei que tu e a Elisa já se pegaram, e tipo, se vocês se gostam eu não vou fazer nada, tá ligado? a gente sempre se pegou, mas sabe que somos amigos, primeiro de tudo. Então, se tu gostar dela ou sei lá, não vamos mais se pegar, beleza? - Ela deu um sorriso.
- Pô, beleza então... fica tranquila, meu amor. - Falei dando um abraço nela.

Larissa é minha irmãzinha pô, confio pra caralho nela. A gente se pegava as vezes, mas sem sentimentos, era só uns pegas mermo, tá ligado? ela podia pegar quem quiser e eu também.

- Família de Elisa Oliveira? - O médico chamou, todos nós fomos até ele.

Se eu já estava preocupado, agora estou mais ainda.

- A paciente vai ficar aqui até receber alta, mas ela está bem. - Ele falou.
- Podemos ir ver ela? - A tia dela perguntou.
- Claro, ela tá acordada. - Ele respondeu. - Mas só pode ir um de cada vez.

Então primeiro foi a tia, depois a Carol. Ela demorou um pouco pra sair, mas quando saiu, eu senti um frio na barriga. Caminhei até onde ela tava, e entrei, ela me olhou e deu um sorriso fraco.

- Como você tá? - Perguntei.
- Ah, tô melhor, né... - Respondeu.

Eu não sabia o que falar mais, mas ela me encarou e ia começar a falar alguma coisa, mas depois parou.

- O que você ia dizer? pode falar...
- Hum... acho melhor outra hora. - Ela falou.
- Entendi.
- Ei?
- Hum?
- Obrigada, obrigada de coração! eu pensei que eu ia morrer lá, cara.. mas não! você me salvou, obrigada mesmo! talvez eu não aguentasse mais ficar sofrendo nas mãos do DG. - Ela falou chorando.

Então eu me aproximei dela, e limpei as lágrimas que escorriam.

- Eu não vou deixar mais ninguém te tocar, eu juro pra você. - Sussurrei.
- Eu sei... - Ela me olhou e deu um sorriso.

Eu quero ela na minha vida, e eu vou ter.

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