Amor na comunidade

Capítulo 43.

Acordei e a preta ainda tava lá dormindo. Tentei me levantar, mas ela tava jogada pra cima de mim, então eu tive que empurrar ela mesmo.

O empurrão foi um pouquinho forte... fez ela cair no chão. Fui pra o outro lado assustado, olhei pra ela e ela tava lá né olhando com uma cara nada boa.

- Caraio, que susto! VAI SE FODER, NOJENTO. - Ela gritou.
- Foi sem querer, meu anjo. - Falei e ela riu, se levantou e começou a me bater.
- Eu sou uma princesinha, merda! - Falou me batendo, tentei beijar ela mas ela virou a cara. - Nem escovou os dentes ainda. Tua boca tá podre... a minha também! - Ela falou e eu ri.

Fomos pro banheiro, e escovamos os dentes, logo depois ela me deu um selinho e saiu pra cozinha.

Começou a fazer o café da manhã.

Assim que ficou pronto, nós comemos em silêncio, mas assim que eu acabei ela começou a falar.

- Como vai ser agora? - Ela me perguntou, olhei pra ela.
- Não sei... - Respondi sendo sincero.
- Olha, eu não quero tu com mais nega não... se eu souber eu acabo tudo! e não tem essa de "te dar mais uma chance pq todo mundo erra" foda-se se todo mundo erra, não sou obrigada a aceitar chifre. - Eu prestei atenção em cada palavra que saiu de sua boca.

Quando ela parou, respirou. Parece que ela estava querendo dizer isso a muito tempo já.

- Ei, fica de boa! eu só quero você. Não vou deixar outra atrapalhar a gente, beleza? - Falei e ela concordou com a cabeça.

Ela terminou o café, e me deixou lavando os pratos. Ela foi tomar banho.

Depois de uns minutos, vi ela com a mesma roupa de ontem, ela estava linda de calça jeans, uma blusa grande e o cabelo lavado. Seus cachos são perfeitos! sou amarradão.

Ela veio até mim e me abraçou por trás, logo começou a falar:

- Chato, vou ir pra casa, beleza? ainda preciso falar com o povo e tals... - Ela falou e eu balancei a cabeça.

Ela me deu um selinho rápido, logo depois saiu, foi pra casa.

Assim que acabei de lavar os pratos, subi pro quarto, peguei minha toalha  e fui pro banheiro.

Lá tomei um banho rapidinho, depois que eu acabei, vesti uma roupa qualquer e fui pra boca.

Cheguei lá, geral me olhou, mas nem falei nada. Entrei na minha sala, vendo os moleques lá.

Revirei os olhos. Já sei que vai começar a putaria.

- Tá namorando, tá namorando! - Eles começaram a gritar.
- Calem a porra da boca! tô mesmo, idai? - Falei gritando e eles me olharam assustados. - O que foi?
- É sério mesmo? tipo sem brincadeira... você e a Elisa? - LC me perguntou.
- Sim, porra. Ela me pediu em namoro - Eles riram.

Fiquei contando como foi, sem muitos detalhes, mas contei.

- Caralhooo, nunca pensei que você fosse me trocar mesmo. - Binho fez voz de mulher.
- Saí, viadão. - Brinquei.

As vezes eu achava que essa porra era gay mesmo, mas não que isso fosse um problema, tlgd? respeito muito essas paradas. Tenho preconceito com isso não, tio.