Capítulo 19.

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- A senhora tá bem mesmo? eu posso ir pra aí, vovó.
- É só uma gripezinha, nada demais! quero tu aí, ok?
- Ok, vovó. Vou ter que desligar agora, tchau, te amo.
- Ok. Tchau, te amo! - Desliguei a ligação.

Vovó tá doente, e isso me deixou um pouco preocupada, ela não é muito de ficar doente, sempre se cuida, faz caminhada e essas coisas. Ela acha muito importante cuidar da saúde.

- Minha filha, hoje tá cheio! - Carol reclamou.
- Para de reclamar, garota. - Dei um tapa nela.

Atendi mais uns clientes, e depois fiquei conversando com umas meninas que trabalham lá também. Quando deu meu horário de sair, eu e Carol fomos para casa, Carol decidiu fazer a comida hoje, já que titia tava descansando. Carol fez uma lasanha, e eu tenho que confessar, tava ótimo!

- Me passa o ketchup aí, mona. - Carol pediu.
- Toma, porra. - Joguei o ketchup pra ela.
- Aí, quase pega na minha cara, cadela desgraçada!
- Me respeita, garota. - Dei a língua pra ela, a mesma  gargalhou.

Depois de uns minutos a tia apareceu pra comer, enquanto ela comia eu lavei os pratos, já que Carol fez a comida. Depois eu tomei um banho rapidinho, coloquei um vestido simples, mas bonito, calcei meus chinelos e fui pra tomar de conta da Alice. A mãe dela me entregou ela, e foi embora. Deixei a pequena assistindo a Barbie, e eu aproveitei pra lavar os pratos, aquilo me acalmava, e eu também estava no tédio, então eu aproveitei pra fazer isso. Depois fui assistir Barbie com a Alice, mas a mesma enjoou, então deixei ela me maquiar, eu tava uma palhaça, já Alice estava achando lindo.

- Tá toda linda, parecendo uma modelo. - Ela tocou na minha bochecha, e sorriu.
- Tô parecendo uma palhaça. - Ela me olhou com raiva, parecendo que ia me matar. - Mentira, você arrasou!

Ela sorriu, e eu peguei meu celular, entrei no WhatsApp e vi que um número desconhecido havia mandando duas mensagem, uma foto na verdade. Entrei na conversa e tinha uma foto minha, uma de hoje, eu estava caminhando com a Carol.

Desconheço: Cuidado, princesa! estou de olho em você.

Olhei pra aquilo assustada, só podia ser coisa do Coringa, ele é doido ou o que? que desgraçado! vou ir tirar satisfações com ele, eu hein. Peguei a Alice no braço, fechei a porta e fui em direção a boca, quando cheguei lá, tinha uns soldados, e o Coringa tava lá. Quando ele me viu ficou sem entender, fui até ele e já abri a boca.

- Tá achando que é quem? você é doido, né? me deixa, seu maluco!
- Tá maluca? do que você tá falando? me respeita, cara! - Ele riu.
- Você é cínico assim ou fez cursinho?
- Me fala logo, caralho! - Peguei meu celular, entrei no WhatsApp e mostrei pro mesmo.

O mesmo ficou sem entender, e depois falou:

- Não fui eu. - Disse apenas isso.
- Não foi? então foi quem?
- Eu que vou saber? só sei que não foi eu. - Olhei bem pra ele, e parecia que ele tava falando a verdade.

Então alguém tá me vigiando, mas por que?

Quando eu ia embora, ele me segurou.

- Vou mandar um soldado ficar de olho em tu.

Eu não falei nada, apenas assenti. Se tinha alguém querendo meu mau, é melhor eu ter alguém pra me proteger. fui embora com a Alice, a soltei, e deixei ela caminhando. Agradeço muito por a Isa ter ensinado ela a não se meter em assunto de adultos, por isso não tinha que explicar nada, e tals. Quando chegamos em casa, eu fui no banheiro com a Alice, me olhei no espelho e...

Eu não acredito! não acredito que eu saí assim.

- Por que você não me falou que eu fui com a maquiagem? - Perguntei pra a Alice.
- Porque tá engraçado, tia. - Ela gargalhou.

Eu olhei séria pra ela, e depois lavei suas mãozinhas, e depois fomos para o quarto, fiquei brincando de Barbie com ela.

- Titia, por que o Ken não tem pintinho? - Alice me pergunta.
- Ele tem, só não é muito grande. - Eu quase dei uma risada.
- Meu pai tem um pintão, tia! - Ela falou sorrindo.

Pronto, aí eu não aguentei, comecei a rir até a barriga doer, ela rio não entendendo o motivo de eu rir igual uma desgraçada.

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