Soberania

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Tenho um sonho meio maluco

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Tenho um sonho meio maluco. Estou pelado numa jacuzzi que provavelmente deve caber no máximo umas 6 pessoas. E de fato não estou sozinho. Contando comigo, deve ter umas 5. O problema é que não dá pra saber quem é quem, já que os rostos não estão totalmente visíveis pra mim. Só sei que essa galera parece bem interessada em mim. No meu corpo, pra ser exato. Sinto toques, beijos, carícias ou qualquer outro contato que agracia minha pele, estimulando meu tesão. Estou praticamente sentado de pernas abertas e braços apoiados na borda, como se fosse a porra de um astro pornô. Não movo um músculo e só deixo o pessoal se divertir. Acho que de alguma maneira vim parar no céu. Ou no inferno, porque também está bem quente aqui.

De repente sinto uma mão segurando meu pau, batendo uma pra mim bem devagar. O calor dela parece familiar até mesmo debaixo d'água. Enquanto isso alguém beija meu maxilar, outro passa a mão nos meus peitorais, e sinto alguém massageando minhas coxas. Caralho, será que eu morri mesmo e aqui é algum templo do Elísio? Não reclamaria se isso fosse uma prévia do meu castigo ou recompensa. Anjos ou demônios do sexo comandando um comitê de boas-vindas em minha homenagem.

Mas, como todo bom sonho, ele termina. E eu acordo. O borrão se desfaz conforme pisco algumas vezes, e tudo o que vejo é Eron. Não tem jacuzzi e muito menos pessoas se esbaldando com meu corpo. É só meu namorado que agora está sorrindo por me ver desperto.

— Que horas são? — coço a cabeça, um pouco perdido e sonolento.

Olho ao redor e noto que ainda estou no quarto de Eron.

— São duas da manhã ainda.

— Hã? Por que...

— Não era bem minha intenção te acordar. Você estava tão lindo dormindo, mas não resisti — sua mão vem pro meu peito e alisa até chegar no abdome. Repete esse processo algumas vezes — Se não está roncando, você resmunga enquanto dorme. Tava sonhando?

Sorrio de canto e assinto.

— Queria que fosse real.

— Sobre o quê era?

— Não lembro de muita coisa. E não era nada demais. Só foi bom enquanto durou — não é mentira, basicamente.

— É por isso que você está duro? — diz e sinto sua mão envolver meu pau.

Sorrio. Isso esclarece bastante coisa, na verdade. Esqueci que fomos dormir pelados logo depois de termos tomado banho. Em seguida a gente ficou conversando. Atualizei Eron sobre o que andou acontecendo aqui enquanto esteve fora. O problema é que acabei caindo no sono bem rápido. É o que acontece quando alguém fica fazendo cafuné em mim durante a conversa toda, e principalmente depois de transar. Geralmente fico sem energia após uma boa trepada.

— Então você foi o responsável por isso? — seguro sua mão que ainda está no meu pau — Gosta de me tocar enquanto durmo?

Ele ri baixinho, meio constrangido. Sabia que aquelas mãos no sonho eram bastante familiares. Quentinhas e pequenas. De repente o rosto daquela galera fica nítida pra mim.

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