Iluminação

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Organizar e devolver o estado da minha casa ao o que era 24 horas atrás, até foi mais rápido do que imaginei

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Organizar e devolver o estado da minha casa ao o que era 24 horas atrás, até foi mais rápido do que imaginei. Tudo está onde deveria estar, e ainda tem um aroma agradável de lavanda. Acontece que os caras que acabaram passando a noite lá, optaram por ficar e ajudar na arrumação. Tudo ficou bem mais fácil com tarefas específicas designadas aos atletas da escola, e eu até que fiquei surpreso por serem tão eficazes com uma vassoura na mão. Não que eu tenho razão pra estar indignado, já que o mesmo vale pra mim.

O fato é que terminamos tudo bem rápido, e ainda são só 17h. Estou nesse momento indo até a porta da casa de Eron, porque achei que a melhor forma de eu aproveitar o resto do dia, seria estando ao lado dele. Também não avisei que estava vindo, o que torna essa surpresa bem mais divertida.

Toco a campainha e espero que ele ou sua mãe apareçam. Aparentemente esfriou muito mais se comparado a como estava mais cedo. Tive que me agasalhar muito bem, mas mesmo assim preciso esquentar minhas mãos esfregando-as uma nas outras, e me encolher um pouco pra evitar o vento. Nem estamos no inverno ainda.

O bom é que alguém abre a porta. E é Eron quem está de frente pra mim, basicamente ainda vestindo o moletom que lhe emprestei. Também está com uma calça do mesmo tipo de tecido, e até pantufas personalizadas com o simpático rosto de um coelho branco. Vê-lo assim me faz sorrir, e ele também não demora pra esboçar o seu.

— Vem, entra — Eron me puxa pra dentro. Acho que notou que eu estava quase tremendo ali fora — Por que não avisou que viria? Assim daria tempo de eu me vestir melhor.

— Melhor do que isso? É impossível. Você está fofo assim — estou sendo sincero — Adorei suas pantufas.

Ele dá uma risadinha.

— Obrigado. Eu também gosto muito delas. Está muito frio.

— É, tá sim. Pelo menos aqui está bem quente.

— É que a lareira está acesa — diz e aproxima seu rosto do meu. Seu selinho imediatamente me lembra de como senti saudades disso e não sabia. Depois segura na minha mão e me leva até a sala — Vem comigo.

Quando chegamos, noto que a televisão está ligada e a programação pausada. Parece ser o mesmo filme que vimos ontem, ou talvez seja só a continuação, porque reconheci o personagem que está congelado na tela. Ele parecia estar bem confortável assistindo, já que, conforme nos aproximamos do sofá, vejo que há um pote com pipocas sobre o cobertor.

— Se eu soubesse que você estaria fazendo alguma coisa bacana, eu teria aparecido mais cedo — comento.

E ele ri.

— Eu estava assistindo com a minha mãe, mas ela precisou sair — diz e se senta no sofá — Quer assistir comigo?

— Claro. O que estamos vendo?

— A continuação do filme que vimos ontem, basicamente — sorrio por ter acertado — Tá bem no comecinho.

— Ótimo. Por que não?

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