Um tempo ao lado dela

22 - EU TE AMO DE VERDADE

Correr atrás de Melissa não era problema para mim. No dia seguinte depois de ser expulso da casa dela logo após termos feito sexo após anos separados, eu resolvi aparecer na hora do almoço, novamente sem avisar.

Toquei a campainha e ela saiu, sem sorrir ela veio até o portão e o abriu.

-Entra, eu estava almoçando.

Assim que passamos pela porta da sala eu a fechei atrás de nós e peguei Melissa nos braços a levando até o andar de cima.

-Onde fica o seu quarto?

-Porta à direita.

Empurrei a porta com o pé e a deitei sobre a cama. Sem dizer nada ela começou a se despir e eu fiz o mesmo. Quando ambos estávamos nus eu me deitei sobre ela e agarrei seus cabelos com força a segurando contra a cama, ela se mexeu irritada, mas eu não deixei ela me afastar.

-Eu vou beijar a sua boca porque eu amo te beijar, e nem mesmo você vai me impedir.

E eu a beijei com violência. A princípio ela não correspondeu, mas assim que sentiu meu pau duro contra sua entrada ela gemeu e se derreteu. Apenas com o movimento dos quadris eu fui entrando aos poucos. Sem parar o beijo eu continuei a meter, agora com força e ela gostou se movendo ao meu encontro. O que começou violento foi amansando, eu não queria que fosse só sexo, eu queria que ela percebesse que eu a amava de verdade, aos poucos senti que ela sedia aos meus sentimentos.

-Eu te amo, Mel, de verdade. Por favor, me deixa te amar – implorei ainda me movendo dentro dela.

-Cala a boca, por favor – ela falou e me beijou agarrando os cabelos da minha nuca e apertando minha boca contra a dela.

Se na noite anterior ela se recusou a me beijar, dessa vez ela se deu e isso me deixou animado.

Mesmo depois de gozarmos não paramos de beijar. O melhor beijo de todos.

-O que está fazendo, Flávio?

-Eu estou te beijando e te abraçando.

-Por que você veio hoje?

-Eu precisava estar com você, ou você ainda não entendeu isso?

-Você tem certeza disso? Eu sou um pacote completo, Flávio, não sou mais a moça de vinte e poucos anos que se apaixonou por você.

-Eu sei que você mudou, Mel, e eu te admiro ainda mais por ser quem você é hoje.

-Você admira, mas não sabe se é capaz de aguentar, domingo tudo ficou muito claro.

-Sei que agi como um idiota, eu assumo isso, e eu não quero mais agir assim, eu quero ser o homem que você merece, mas eu preciso ter você comigo.

Ela me olhou e piscou algumas vezes, percebi que ela estava pensando muito a respeito de tudo, mas quando enfim ela acariciou o meu rosto eu percebi que tinha me aproximado do seu perdão.

-Eu gosto de você, Flávio, de verdade, mas eu não sei se aguento passar por tudo o que passei quando você foi embora dessa casa há cinco anos atrás.

As lembranças daquela noite eram capazes de destruir a confiança que ela tentava depositar em mim.

-Eu só quero que você me ajude com isso, que me fale quando eu estiver errando, eu não penso mais daquela maneira, eu jamais seria feliz imaginando que você está em algum lugar deste mundo vivendo com outro homem.

Ela fechou os olhos e vi uma lágrima escorrer pelo seu rosto. Me odiei por fazer ela chorar, mas dessa vez não ia ser como foi há cinco anos atrás, eu estava disposto a fazer tudo direito.

-Não duvida de mim, por favor. Eu sei que às vezes eu ajo como um idiota, um covarde, sempre fugi, mas eu não quero mais isso, eu quero cuidar de você, quero me aproximar do Ian, quero que ele saiba que eu amo a mãe dele.

-Não acho uma boa ideia colocar o meu filho nessa história. Pelo menos por enquanto. O Ian gostou de você, ele até mesmo perguntou quando você ia vir brincar com ele novamente. Não acho justo deixar ele confiar em você enquanto nem eu confio.

-Eu te entendo, sei que é delicado com ele. Mas eu vou ser um bom homem, vou ser o amigo dele quando ele precisar de mim.

-Se tudo fosse tão simples assim, Flávio, seria maravilhoso.

-Pode não ser tão simples assim, mas não precisa ser tão difícil. Eu te amo e você ainda sente alguma coisa por mim. Só me dá um pouco de espaço na sua vida – a apertei em meus braços para ter a segurança de que ela não se afastaria de mim.

-Sem criar expectativas? – Ela sussurrou com os lábios encostados em meu peito.

-Bom, eu com certeza vou criar algumas expectativas.

-Só te peço que não prometa nada, se tiver que fazer algo, apenas demonstre.

-Tudo bem, isso eu posso fazer.

Ficamos deitados até o começo da tarde, quando ela precisou se levantar para buscar o Ian na creche.