26 - E MAIS CIÚME

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Acordei sentindo a boca de Melissa em mim, ela me chupou devagar como sempre fazia pela manhã, acariciei os cabelos dela enquanto movia o quadril vagarosamente entrando e saindo da boca dela.

-Oh, gata, assim eu vou gozar na sua boca.

Como quem quisesse exatamente isso, ela cravou as unhas nas minhas coxas fazendo com que eu acelerasse o ritmo. Eu estava quase lá, quase lá, tão perto, quando ouvimos o som da campainha tocar.

Melissa congelou no mesmo instante, ainda com o meu pau na boca. Quando ela se afastou eu quis chorar.

-Quem será? – Ela perguntou mais para ela mesma do que para mim.

-Aonde você vai? – Perguntei quando ela desceu da cama e foi até a janela.

-Eu vou ver quem é.

-Maldição! – Resmunguei e ela sorriu se esgueirando por trás da cortina para espiar.

-Droga, é o Júlio. Alguma coisa deve ter acontecido.

Eu queria que ela o mandasse embora, mas infelizmente eu jamais poderia pedir algo desse tipo.

-Você vai descer assim? – Perguntei olhando para o corpo dela nu por baixo de uma camiseta longa.

-Claro que não, eu vou vestir alguma coisa por baixo – Ela levantou a camisa para mostrar que estava realmente sem nada por baixo.

-Por que isso tinha que acontecer justamente hoje?

-Eu não sei, mas vou atender, descobrir e te conto – ela subiu na cama para me dar um beijo e fugiu de mim quando tentei segurá-la.

Frustrado e de pau duro eu pensei em terminar o que ela começou, mas eu não tive ânimo de me masturbar enquanto a minha mulher estava conversando com o ex noivo.

Fiquei em silêncio para ouvir o que eles conversavam. Não consegui ouvir, pois eles falavam baixo demais. Sem conseguir me conter, vesti minha calça e fiz questão de descer sem camisa, só para o cara saber que eu passei a noite com ela e sem roupa. Mas o que eu encontrei não fez eu me sentir melhor. O cara estava com a cabeça entre os braços cruzados sobre a mesa aos soluços. Melissa acariciava as costas dele em um consolo silencioso.

-Vai ficar tudo bem, Júlio. Isso é só provocação, não tem como ela estar com outro cara, ela te ama.

-E por que aquele cara estava na casa dela?

-Eu não sei, mas com certeza alguma explicação ela tem para isso.

Por mais que eu compreendesse a situação, eu tive que agir quando ela acariciou o rosto dele e ele beijou a palma da mão dela.

-Bom dia – falei entrando na cozinha.

-Oi, bom dia, Flávio – Júlio falou forçando um sorriso e demonstrando o desconforto por ter sido pego chorando.

-Aconteceu alguma coisa? – Perguntei para Melissa esperando que ela me dissesse a verdade.

-O Júlio está tendo dificuldades na reconciliação.

-Que droga – falei puxando uma cadeira e sentando ao lado de Mel, acariciei os cabelos dela e dei um beijo em sua testa, ela sorriu satisfeita e isso me deixou um pouco mais calmo.

-Eu fui até a casa dela ontem a noite e tinham algumas pessoas lá.

-Ah, mas isso pode não ser nada.

-Estavam ela, um casal de amigos e um outro cara que eu não conheço. Alguma coisa estava errada, pois quando eu cheguei ela ficou sem graça.

-Aquela vagabunda – Melissa não conseguiu mais segurar. – Como ela ousa fazer isso com você? Ela faz um escândalo por causa da nossa relação e não há nada demais entre a gente, Júlio. Pelo amor de Deus, o que deu na cabeça da Larissa? Aquela é a casa de vocês.

Júlio pareceu ainda mais chateado ao ouvir a opinião da Melissa.

-Gata, pega mais leve – falei para ela sentindo total empatia pelo cara desesperado na minha frente.

Naquele instante eu percebi que o Júlio não era meu rival, o cara estava sofrendo demais pela noiva para sentir alguma coisa pela minha Mel.

-Gente, desculpa ter vindo assim sem avisar e ter acordado vocês. Mas eu não dormi a noite toda e não sei o que dizer para a Larissa, ela me ligou durante a madrugada, mas eu estava tão irritado que preferi não atender.

-Você está certo, melhor do que falar alguma idiotice, como ela fez.

-Obrigado, Mel – ele segurou as mãos da minha mulher e as beijou. – Eu não sei o que seria da minha vida sem você.

-Não tem o que me agradecer, você sabe que eu te amo muito – ela falou e eu fiquei roxo de ciúmes.

Como ela dizia isso para ele com tanta facilidade? Eu não parei de dizer que a amo desde que a gente se reencontrou e ela nem sequer chegou perto de dizer "eu também". Irritado como poucas vezes eu já fiquei na minha vida eu me levantei.

-Eu vou embora – falei tentando não parecer tão chateado.

Melissa me olhou e percebeu como eu me sentia. Seu semblante mudou instantaneamente, ele foi de indiferente para culpado. Ela se levantou em seguida e segurou a minha mão.

-Júlio, você vai esperar o Ian acordar? – Ela se virou para olhar para ele sem soltar a minha mão.

-Não, eu vou para o trabalho, eu passo aqui à noite para jantarmos, pode ser?

-Claro – ela disse sorrindo e esperando que Júlio se levantasse e saísse.

-Gente, obrigado pelo papo e novamente me desculpem por vir aqui e incomodar vocês.

-Sem problemas – tomei a frente e respondi.

Assim que a porta fechou e ouvimos o som do carro dele se afastar eu olhei para Melissa.

-Vamos terminar o que você começou – falei com toda a seriedade que consegui reunir.

Ela sorriu de um jeito travesso e assentiu. Voltamos para o quarto, ela tirou a camiseta e a calcinha e foi para a cama.

-Você desceu sem camisa só para marcar o território, não foi? – Ela provocou abrindo as pernas para que eu visse aquele lugar que eu tanto adoro estar.

-Claro, o cara atrapalhou uma chupada e ainda ficou tocando você.

-O toque dele não tem esse tipo de efeito sobre mim – ela deslizou sua mãozinha até o meio das pernas e se tocou de um jeito tão provocante que eu pude sentir o prazer que ela sentiu.

Eu sei que era pura provocação, mas a minha mente já foi para o cenário em que aquele cara já tocou na minha mulher, aquele filho de uma puta fez até um filho nela. Ah, então era a minha vez.

-Não tire a mão daí – falei enquanto tirava o meu jeans e a cueca.

-Se eu não tirar você sabe o que vai acontecer.

-Eu sei, você vai gozar, mas não tem problema, eu vou fazer você gozar de novo e de novo.

-Cala a boca, você fala demais.

-Gostosa – puxei ela pelos pés, deixando a bunda dela bem na beirada da cama. Eu me abaixei um pouco, me posicionei entre as pernas dela e a penetrei em uma só investida. Sorri satisfeito quando ela gritou com a surpresa. – Você é gostosa e é minha.

Tonta de prazer ela murmurou: "Eu sou sua" e isso me fez ganhar o dia.

Um tempo ao lado delaOnde histórias criam vida. Descubra agora