Capítulo 25

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[Dia seguinte]

Não demorou muito até amanhecer de novo. Não me lembro ao certo de como voltei para casa e muito menos de como me deitei na cama sem roupa nenhuma. A enorme dor de cabeça não me deixava abrir totalmente os olhos e sentia todo o meu corpo dormente. Tentei organizar mentalmente as minhas memórias de ontem à noite e mais uma vez o aperto no peito tomou o seu lugar. Se calhar até estou a fazer uma tempestade num copo de água. Poderá apenas ter sido alucinações certo? Nunca isto me tivera acontecido antes, Parecia um sonho mas ao mesmo tempo tão real. Tal como se tivesse a ter um Dé-já-vu.

Deitei-me de barriga para cima e tentei focar a imagem no tecto para que a minha visão voltasse ao normal. Agarrei no telefone, ligando-o e vendo as horas. Neste marcava 10:00 a.m. Forcei o meu corpo a levantar-se da cama e esfreguei os olhos deixando-me ficar sentado na mesma por meros segundos. Definitivamente estou a precisar de um banho. Ainda conseguia sentir o cheiro a vómito entranhado na minha pele.
Levantei-me rastejando os pés até à casa de banho, ligando de seguida o chuveiro e deixando, mais uma vez, a água fria escorrer por todo o meu corpo. Agarrei no gel-de-duche com cheiro a baunilha e entornei-o sobre o meu corpo, esfregando-o furiosamente em mim para que me pudesse livrar de todo aquele cheiro horrível.

Rapidamente já estava despachado. Vesti uma t-shirt e umas calças de fato-de-treino e corri até à sala pegando as chaves do meu carro e saindo por entre as ruas estreitas do bairro.
Já estava atrasado. Tinha prometido ao meu avô que lhe dava uma ajudinha na loja agora nesta altura do ano em que há mais confusão por causa do Natal.

Quando estacionei o meu carro, dei uma corrida até à pequena loja do fundo escondida olhando para as horas no meu relógio de pulso e abrindo a porta de rompam, sem dar tempo para que a campainha tocasse.

Eu -Desculpe o atrasado. Tive uns assuntos...

Parei de falar quando voltei a desviar a atenção do relógio e olhei para cima vendo quem eu menos esperava ali, mesmo à minha frente. O meu coração disparou no meu peito. Não só do cansaço de não ter dormido nada e de ter vindo para aqui a correr, mas também pelo facto de que a pequena figura que se encontrava encostada ao balcão, me mirar de alto abaixo de olhos arregalados.

Eu -Vicky.

Falei num sussurro enquanto o velhote olhava para nós os dois tentando perceber o que se estava a passar. Dei uns passos até ao balcão mas logo parei quando percebi que isso a incomodava.
Ela simplesmente voltou-se de frente para o meu avô de novo, ignorando a minha presença e pousando o colar de pérolas brancas em cima da caixa da mesma.

Vicky -Obrigado pela sua gentileza. Voltarei aqui noutra altura se não me levar a mal.

Disse colocando a sua mala ao ombro e sorrindo para o meu avô.

Kal -Aparece quando quiseres minha querida. Estarei aqui de portas abertas para te receber.

Falou deixando uma gargalhada escapar por entre os seus lábios enrugados e dando leves festas na mão de Vicky. Esta retribuiu-lhe e sorriso e virou-se de frente para mim dando uns passos acelerados até à porta de saída, raspando com o seu braço de leve no meu quando passou por mim. Eu simplesmente fiquei sem reacção, ali parado a vê-la sair porta fora sem dizer uma única palavra.
Cerrei os meus punhos apertando fortemente as chaves do carro na mão e respirei fundo. Ela despreza-me assim tanto que nem consegue dizer que me odeia?

Kal -Estás à espera do quê rapaz?

Disse o velhote fazendo-me olhar para ele desviando as minhas atenções de Vicky.

Kal -Vai atrás dela!

Sorriu para mim apontando para a porta. Ele tinha razão. Talvez esta fosse a minha oportunidade de tirar toda esta história a limpo. Inclusive, eu preciso de uma justificação que me faça acreditar que ela realmente teve razões para me mandar embora. Preciso sobretudo que ela me confirme que aquelas alucinações não passaram disso.

My Sexy Slave // Harry StylesOnde histórias criam vida. Descubra agora