- Desculpe ter tocado no assunto, sei que não ficou muito feliz pois são seus amigos, é que todos estão curiosos sobre a união deles. Eu não queria ser chata. - respirei fundo, mesmo tentando disfarçar de todos os jeitos ela acabou percebendo como eu tinha realmente me sentido sobre a sua pergunta.
- Eu entendo, não se preocupe com isso Srt. Dikson, é o seu trabalho. Mas o que acha sobre a união deles, a senhorita ainda não me falou sobre isso. - ela aprovaria uma união entre as duas espécies? Isso seria interessante.
- Não acho que o senhor tenha deixado brechas sonre isso, mas eu não vejo problema algum. Assim como milhares de pessoas que apoiam os NEs, temos o direito de amar quem quisermos, o senhor mesmo disse isso. - assenti fitando seus olhos que pareciam ter um leve azulado, embora fosse tão escondido que mal dava para se notar.
- Sim, eu disse. - sorri para ela recebendo outro em troca.
- Eu gostaria mesmo de continuar nossa entrevista mas os seguranças disseram que eu tinha direito há apenas uma hora. - ela olhou no relógio prateado em seu pulso esquerdo, eu queria que ela continuasse aqui mas como faria isso sem parecer um maluco?
- Já se passaram uma hora? - questionei espantado encarando meu próprio relógio, ela riu fechando os olhos puxados e se pós em pé estendendo a mão para mim, se eu puxasse sua mão e a deitasse sobre a mesa eu iria parecer um pervertido? Acho que sim.
- Infelizmente Angélica tomou muito do meu tempo mas tenho o suficiente para uma boa matéria. Obrigada Sr. Jaded, o senhor foi muito atencioso comigo. - me coloquei em pé pedindo a qualquer força superior que me ajudasse a manter ela aqui, eu precisava disso.
- Sinto muito por qualquer coisa, eu que tenho que lhe agradecer Srt. Dikson, foi um prazer conhece-la. Podemos marcar uma entrevista quando desejar, estarei a sua disposição. E por favor me chame apenas de Jaded. - ou de meu amor, mas é um pouco cedo para isso. Espantei os pensamentos melancólicos e sorri para ela. - Eu te acompanho.
- Seria ótimo uma outra entrevista, tenho dezenas de cartas com perguntas para vocês, e pode me chamar apenas de Cora. Vamos deixar para lá essas formalidades chatas. - ela deu as costas e vi uma pequena folha cair do seu caderno me abaixei oara pega-la e olhei o pamfleto rabiscado. - Oh, desculpe.
- Tudo bem, o que é o Apoio Pet? - perguntei enquanto analisava o folheto ela passou a mão no cabelo parecendo constrangida.
- É um lar para anaimais de rua, estamos tentando montar em um evento beneficente para que as pessoas possam adotar um animalzinho desses. É tão triste ver eles sem um lar sabe, já não tem mais espaço para tantos que chegam feridos e abandonados. - no momento me surgiu uma ótima ideia, sorri de lado convencido.
- E já tem o local para o evento? - ela pegou o panfleto e guardou no bolso da bolsa marrom que trazia.
- Não, infelizmente ninguém colabora. Os poucos lugares que jos autorizaram eram pequenos e abafados, isso não é bom oara os animais. Precisamos de um lugar amplo onde as pessoas possam se sentir a vontade e os animais também. - eu iria precisar de muita conversa oara fazer o que iria prometer mas valia a pena tentar por ela.
- Que tal fazer aqui? Temos um espaço bem amplo de frente a garagem que ficaria ótimo para eles, é aberto e bem ventilado. Assim vocês não precisam gastar com nada em estrutura. - estava ferrado com isso? Provavelmente, mas eu sou um macho malditamente desesperado para jogar essa fêmea em minha cama e faze-la esquecer essa revista.
- Faria mesmo isso? Quer dizer, nos ajudaria dessa forma? Seria algo simplesmente maravilhoso, tenho certeza que pessoas de todos os cantos viriam aqui somente para presenciar vocês andando de um lado para o outro. Isso seria uma grande surpresa para o pessoal do abrigo. Oh Jaded, muito obrigada eu não sei como te compensar por isso. - eu sei, espalhe as coxas para mim e deixe eu lhe mostrar o que sua vida precisa. Espantei os pensamentos e sorri para ela.
- É o mínimo que posso fazer por ter me ajudado com a Angélica. Pegue meu número, assim conversamos sobre o dia disponível, Justice vai adorar isso. - ele não iria adorar e provavelmente tentaria me espancar por ter prometido isso sem antes falsr com ele mas era por uma boa causa.
Trocamos o número do celular e eu a acompanhei até os seguranças pedindo para que lhe auxiliassem em tudo que precisasse, agora eu teria que encarar Justice e torcer para permanecer com meus membros inteiros.
Quando entrei em sua sala Lucca estava lá sentado encarando uma carta com algumas manchas de sangue, fiquei espantado ao notar a preocupação nos olhos dos dois e fechei a porta devagar.
- É da sua irmã? - perguntei me sentando ao seu lado, ele assentiu com a cabeça baixa. - E o que está esperando para abrir?
- Estou com medo da notícia, olhe essas marcas de sangue no envelope. Não acho que sejam coisas muito boas. - Justice também estava apreensivo, Lucca tinha se tornado nosso irmão ele era um dos nossos agora.
- Se não abrir nunca vai saber o que aconteceu. - incentivou Justice se apoiando sobre a mesa com a sobrancelha arqueada.
- Posso ler aqui? Não quero que Sky veja se for algo ruim. - assentimos, ele era mesmo um bom macho para a pequena presente. Lucca abriu o envelope e tirou de lá uma folha destacada de algum caderno, estava suja de poeira e a caligrafia era feminina e difícil de ler.
Querido irmão.
Espero que esteja bem, suas cartas não chegaram a mim no tempo certo porque nossos suprimentos estavam sendo roubados. Recentemente descobrimos os culpados e os interceptamos no ato.
Desculpe não estar ai para o seu casamento, acredite eu queria muito estar. Fico muito feliz que tenha encontrado alguém para amar e construir uma família, penso em você todos os dias e mesmo não estando ai saiba que desejo toda a felicidade do mundo para os dois.
Diga a Lilian que estou bem, independente do que irei lhe comtar aqui. Sofremos um ataque depois da primeira carta que te enviei e tivemos muitas baixas, estamos reconhecendo o campo inimigo e já nos foi designada outra missão. Desculpe pelas manchas de sangue na carta mas temos muitos soldados feridos e eu estou me dividindo em enfermeira e Sangento-mor para conseguir manter a paz aqui.
Estou indo em uma missão de resgate com um esquadrão próprio, tem uma coisa que o grupo rebelde tem e o governo americano quer sem se importar a forma como vai conseguir. Não vou mentir e dizer que não estou ferida por que sei que nunca acreditaria, mas meus ferimentos são leves e superficiais, apenas alhumas balas de raspão.
Espero que essa carta consiga chegar ate você e que esteja me esperando quando eu voltar, prometo que será breve, estou com saudades de casa, saudades de você cabeça de fósforo. Nesse momento eu estou olhando para as estrelas nos pequenos buracos das nossas tendas improvisadas para a enfermaria e lembrando de você, sempre em baixo do mesmo céu, certo?
Com amor, Mérida C.N.
Lucca soltou o ar com força ao terminar de ler a carta da irmã e despencou a cabeça sobre a mesa, não tinha sido tão ruim assim ao menos ela estava bem e explicou o motivo de não estar respondendo suas cartas anteriores.
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Jaded - Novas Espécies [L5]
FanfictionLivro 5 O senhor dos holofotes. Jaded é ótimo com entrevistas, simpático e consegue representar muito bem os espécies quando se trata de interagir com humanos. Seu desejo sempre foi construir uma família, mas o destino parecia não colaborar até que...