Coralyne sentou a minha frente de um jeito gracioso, eu estava hipnotizado por sua forma de se mover tão delicada, suas curvas ficavam quase invisiveis por causa da roupa larga mas não deixava de ser atraente, era mais alta que a maioria das fêmeas humanas que eu conhecia mas permanecia sendo pequena para mim.
Me acomodei esperando que ela retirasse o gravador e seus pertences de dentro da bolsa, um caderno fino foi posto sobre a minha mesa junto a uma caneta rosa com plumas na ponta, o gravador foi colocado em uma posição que beneficiassem os dois. Por fim ela respirou fundo e o ligou.
- Entrevista número cento e quinze, Coralyne Dikson e Jaded North. - testou a gravação e voltou sua atenção para mim, embora eu já estivesse duro para te-la em minha cama apenas sorri para ela. - Fui recém contratada pela revista Support the Cause e fui designada para essa entrevista, espero que não tenha problemas.
- Problema algum, Srt. Dikson. Estou aberto aos seus questionamentos. - gesticulei com as mãos por cima da mesa e acabei parando minha atenção em sua caneta rosa que ela balançava entre os dedos como um tic nervoso.
- Ótimo! Muitos se perguntam como se sentem em liberdade, as pessoas vivem mandando cartas para a nossa revista loucas para saber em suas palavras o que é a liberdade. Sabe, não quero ultrapassar meus limites como repórter mas, seria interessante saber um pouco sobre os seus sentimentos. - ah ela não fazia ideia de como eu queria falar sobre meus sentimentos, e não tinha nada a ver com liberdade.
- Nós evitamos lembrar do passado, o gosto da liberdade é doce e ultimamente tem ganhado um sabor de maçã... - limpei a garganta colocando os pensamentos em ordem, eu já estava saindo dos trilhos. - Bom, nós temos nos esforçado para ser o mais independentes possível em tudo o que é necessário. Conseguimos superar toda a humilhação que nos foi causada há alguns anos. Somos felizes aqui independente do que pensem de nós lá fora, como eu falei a liberdade é doce.
Ela pareceu gostar do que falei, rabiscava alguma coisa no caderno enquanto sorria e mordia o lábio inferior com aquele batom preto. Ela não fazia ideia do que estava causando em mim, do que estava despertando nesse exato momento.
- Porque maçã? - me espantei com sua voz cortando o silêncio, eu tinha me perdido totalmente em pensamentos enquanto esquadrinhava seu corpo e a imagem de como ele seria por baixo das roupas largas atiçava tanto minha curiosidade quando minha excitação.
- De tudo que falei foi só isso que absorveu? - ela corou e mordeu a tampa rosa da caneta entre os lábios cheios, parecia que começava a lhe afetar e isso era ótimo. Sorri de lado me apoiando no braço da cadeira para deixar o momento mais leve.
- Claro que não, mas o que me deixou curiosa. Específicou muito detalhadamente e a pergunta surgiu de imediato. - umideci os lábios e a encarei com a sobrancelha arqueada notando que ela estava atenta a todos os meus movimentos.
- Maçã é doce, saborosa e considerada a fruta do pecado. Acho que ela descreve muito bem a liberdade. - tanto quanto descreve seu cheiro delicioso que já tomou conta de toda a minha sala. - Não acha?
- Olhando por esse lado. Suas perspectivas são interessantes Sr. Jaded, gostaria de saber sua opinião sobre as uniões mistas. - claro esse assunto voltou ao topo do interesse público, achei mesmo que ela não chegaria nesse ponto. Respirei fundo mantendo a compostura sem deixar que ela notasse meu desconforto ao tocr no assunto, usaria isso ao meu favor de algum jeito.
- Não acha que amar é parte da liberdade, Srt. Dikson? - ela levantou os olhos sobre o caderno onde anotava algo e ergueu a cabeça pensativa, seus olhos puxados pareciam se estreitar enquanto milhões de pensamentos a rodeavam.
- Acho que amar é a pura liberdade, independente do que se ame. Para ser realmente livre precisa amar a si mesmo, para ter o gosto "de maçã" da liberdade preciasa ser amado na mesma intensidade, ao mesmo tempo que não é possível amar sem ser livre. - me perdi em sua linha de pensamento, ela falava bonito. Tinha uma voz gostosa de ouvir e sabia prender as pessoas em seus pensamentos leva-las ao seu ponto de vista de forma clara e rápida. - Desculpe, acho que acabei me embolando em palavras.
- Não se desculpe, seu pensamento sobre o amor é muito bonito. E já tem sua resposta, somos livres para tudo e principalmente amar, não importa quem seja. Certo? - ela assentiu sorrindo, gostava de elogios. Eu poderia passar o dia todo lhe dizendo como é linda e interessante, como acho fofo seus olhos puxados fora do comum, de como eu adoraria morder seus lábios grossos e aparentemente deliciosos. Eu estava totalmente perdido por essa fêmea.
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Jaded - Novas Espécies [L5]
FanficLivro 5 O senhor dos holofotes. Jaded é ótimo com entrevistas, simpático e consegue representar muito bem os espécies quando se trata de interagir com humanos. Seu desejo sempre foi construir uma família, mas o destino parecia não colaborar até que...