25. TMZ: A noite romântica de Nia Kaled e Christopher Velez.

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James e Martin me olhavam chocados enquanto eu fechava a mochila preta.

— Você... Nia, você não pode sair de Miami do nada e ir pra Boston — dizia James pela décima vez.

— Pela minha sanidade mental eu preciso sim — digo vestindo uma camiseta.

— Deixa ela ir, James, a coitada precisa de sexo. Tá parecendo uma gatinha no cio. — Martin gargalha e eu jogo um travesseiro nele.

— Tudo bem, vai minha filha, transe muito. A gente fica aqui se resolvendo com o Patrick, porque ele vai surtar.

— Na verdade não. É só dizer que fui atrás do Chris, ele é capaz de mandar uma mensagem me parabenizando. — Reviro os olhos, pegando meu celular e documentos, guardando na bolsa. — Vou indo, vejo vocês em três dias.

— Se ele for ruim na cama é só se masturbar depois.

— Ou você pode ir pro quarto do Joel e transar com ele. — James franziu a testa e pareceu analisar a questão melhor. — Se bem que pra ela tá indo atrás do Chris, é porque ele é bom, não é? — Levantou a sobrancelha. — Ela não iria ter esse trabalho todo pra sexo ruim.

— Eu pensei na possibilidade de vocês me levarem até o aeroporto, mas depois disso eu prefiro ir sozinha.

Saio do quarto, os deixando falando sozinhos. Mando uma mensagem para o Chris avisando que a noite seria uma criança. Ele me responde minutos depois com um emoji pensativo, e eu balanço a cabeça negativamente pela lerdeza daquele garoto.

Depois de três horas e uns trinta minutos de vôo, finalmente havia chegado em Boston. Paro em uma cafeteria que tinha no aeroporto e compro café, me sento numa mesa e releio minhas conversas com o Chris.

Antes de viajar, ele havia me dito em qual hotel ficaria. Pego o endereço, termino meu café e saio do aeroporto atrás de um táxi.

Poucos minutos depois e já estou em frente ao hotel em que os meninos estão. Agradeço aos céus por ser perto do aeroporto. Pago o motorista e entro no hotel, mando uma mensagem para Richard —depois de Joel e Chris, ele era o que eu tinha um pouco mais de afinidade —, perguntando em qual quarto o Christopher estava.

Enquanto isso, reservo um quarto para mim, porque sabia — pelos seguranças na porta — que não me deixariam subir para o andar dos meninos sem mais nem menos. A atendente não iria permitir que eu entrasse para ver meu namorado, porque provavelmente não iria acreditar em mim.

Em questões de minutos Richard me responde, e após conseguir um quarto para mim, pego o elevador e subo para o quarto andar. Respiro fundo, era hoje que eu iria matar meu desejo.

Abro os botões da minha blusa social branca, deixando aparente minha lingerie vermelha. Saio do elevador e vou até a porta do quarto de Christopher, batendo a porta.

— Erick, eu não vou... — Chris para de falar assim que vê que era eu ao invés de Erick. Morde os lábios me olhando de baixo pra cima.

— Veio por que não se aguentou de saudades? — Me analisa, com um sorriso nos lábios.

— Quase. — Entro no quarto. — Vim porque preciso de você. Agora.

Sai de cima de Chris, jogando meu corpo no colchão ao seu lado. Meu cabelo se espalhou pelo travesseiro, apesar de alguns fios estarem grudados em meu pescoço e meu rosto, que estavam completamente suados. Minha respiração estava acelerada, assim como a de Chris. Meu peito nu subia e descia, enquanto eu tentava normalizar minha respiração.

Fechei os olhos, respirando fundo. O corpo de Chris ao meu lado me causava arrepios, e sua presença era incrivelmente forte. Senti ele se mover, e então seu corpo estava sobre o meu. Abri os olhos, encarando seu rosto, os olhos arregalados, o cabelo grudado na testa, e gotas de suor escorrendo pela lateral do rosto.

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