4. TMZ: Nia Kaled deixa Elite Models e se junta a IMG

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A música começou a tocar e se espalhou por todo quarto, me despertando do sonho. Estiquei a mão para trás, tentando achar o celular, mas não o encontrei. Girei na cama, bufando e pegando o travesseiro que sobrava ao meu lado, tampando meu rosto com ele.

Eu tinha deixado meu celular carregando o mais longe possível de mim, porque sabia que quando ele começasse a tocar eu teria que levantar, e acabaria despertando.

Joguei o travesseiro para o lado, me sentando na cama e encarando meus pés descalços. Eu precisava fazer as unhas...

— Bom dia flor do dia! — gritou James, abrindo a porta do meu quarto e acendendo a luz.

Eu iria xingá-lo, mas não tive tempo, porque enquanto eu processava ele ter acendido a luz, ele atravessou o quarto e foi até as janelas, puxando as cortinas.

O sol ainda nem pensava em nascer em Miami, e isso foi o que me impediu de xingar James.

Eram cinco e meia da manhã, o dia só iria começar a clarear daqui uma hora e meia.

Me joguei contra a cama, abrindo os braços e bufando.

— Vamos princesa, ta na hora de trabalhar. Não vai conseguir atravessar a cidade a tempo se continuar dormindo — falou, puxando minhas cobertas, me fazendo rodar na cama.

— Viado — resmunguei.

— Felizmente eu sou mesmo.

Virei pro lado e escondi o rosto no colchão.

— Sai dessa cama Nia! — gritou James, me puxando pelo pé pra fora da cama.

A única coisa que vi em seguida foi o chão.

Quando desci para a cozinha Martin estava sentado no balcão, com uma xícara de chá na mão enquanto observava James andando pelo cômodo. Ele por sua vez tinha um avental na cintura e colocava as coisas na mesa da cozinha, preparando o café da manhã.

— Bom dia — falou Martin. — Alguém acordou com o pé esquerdo hoje.

— Que pé? Eu acordei com a cara no chão — respondi.

Fui até a mesa, me sentando e encarando o prato cheio a minha frente. James encheu minha caneca com suco.

— Suco?! — O olhei. — James, são seis da manhã, eu preciso é de café.

Comecei a levantar, mas ele me interrompeu.

— Não, não, senhorita. Sem café para você essa semana, estamos tentando uma nova dieta e rotina, lembra?

Revirei os olhos, mordendo uma torrada.

— Eu acho isso uma palhaçada — se manifestou Martin, saindo da bancada e vindo se sentar. — Eu não tenho nada a ver com isso e sai prejudicado. Também quero café.

— Você adora chá — argumentou James, colocando um pano de prato no ombro, enquanto mexia com algo na pia. — E chá faz bem.

Martin e eu reviramos os olhos.

— Bom dia, crianças — falou Patrick, entrando na cozinha.

— Bom dia Hall — resmungou Martin. — Patrick Hall Harrison... — Refletiu por alguns segundos. — Seus pais te odiavam.

— Você quer realmente falar disso? — provocou Hall.

Martin ficou quieto, porque não gostava do nome inteiro.

— E meu nome não é feio — continuou, também se sentando.

— Você tem o nome de uma estrela do mar, — falou Martin — e o nome de uma parte da casa. É ridículo. "Ei, onde ta o Hall?" — Ele afinou a voz. — "Ah, ta no hall do hotel." Viu? É ridículo.

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