5. TMZ: Nia Kaled esta envolvida em um triangulo amoroso?

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Eu estava exausta.

Simplesmente exausta.

Fui a ultima a sair do palco, e a primeira coisa que fiz foi tirar aqueles saltos gigantes e sair correndo descalça pelos corredores. Segui até meu camarim, agradecendo por ter um apenas para mim. Isso não deixava as outros modelos contentes, é claro.

Empurrei as portas, jogando meus sapatos para o lado e me joguei na cadeira em frente a mesa de maquiagem. Encostei a testa nela, fechando os olhos.

Eu sentia que iria morrer de dor de cabeça.

Passei a mão pela mesa, apagando as luzes que ficavam em volta do espelho. Respirei fundo, olhando a bagunça e procurando pela minha bolsa e uma garrafa de água.

— Olha quem eu achei perdido! — falou James, entrando no camarim.

Me virei, jogando um remédio na boca e o engolindo sem água.

Joel vinha junto de James.

— Isso que é uma surpresa gostosa, não é? — falou, praticamente comendo Joel com os olhos.

Joel deu um passo para o lado.

— Eu hein...

Não pude evitar rir.

— Oi Joe. — Fui até ele, lhe dando um abraço.

Me soltei dele, voltando para minha mesa e achando a água.

James se jogou no sofá que tinha ali, e Joel veio até mim, se apoiando na mesa e me olhando.

— Posso te perguntar algo?

Levantei o rosto e o olhei. Confirmei com a cabeça.

Ele passou o dedo pela mesa, acompanhando com o olhar. Ele não me encarava. Abaixando o tom de voz, começou a falar.

— Vi sua entrevista hoje... — falou, me fazendo suspirar. — Aparentemente somos uma grande família, hein? Irmão... É, eu realmente não precisava ter visto aquilo.

— Joel...

— A gente precisa conversar, Nia. — Ele finalmente me olhou.

Estava parado em pé em minha frente, se inclinando para baixo, por eu estar sentada, me olhando. Seus dedos batucavam na mesa.

Prendi a respiração.

— Sobre o que? — perguntei, mesmo já sabendo a resposta.

Eu estava prestes a me levantar, mas o barulho de Martin entrando no camarim fez com que eu continuasse sentada. Joel se afastou.

— Ora, ora, temos um gatinho perdido por aqui...

— Parem de assediar o Joel, por favor — pedi, me levantando.

— Se você não quer, a gente quer.

Joel deu um passo para trás, nos fazendo rir. Ele pareceu não notar a primeira frase que Martin disse, e eu agradeci. Eles não sabiam o que falavam.

— Quem foi que ficou responsável por ver as perguntas que a Ellen faria hoje? — perguntei, olhando os dois. Me encostei na mesa e cruzei os braços.

Um apontou para o outro.

Revirei os olhos.

— Não tinha nenhuma pergunta quando enviaram para a gente — disse James. — Na realidade, tinha sobre o Joel... Mas a gente tirou e passou pro Patrick.

Joel não estranhou isso, porque com ele também acontecia isso. CNCO nunca falava de relacionamentos em entrevistas, sua gestão não permitia. Podiam falar que estavam solteiros e coisas assim, mas eles falariam isso mesmo se estivessem com alguém.

Afinal de contas, muitos artistas faziam isso, de excluir perguntas pessoas de entrevistas.

— Bom, foi desconfortável, mas você soube responder bem — disse Martin, dando um tapinha no meu ombro.

— Não que as pessoas tenham acreditado muito nisso. — James olhou para Joel e eu. — Você ficou bem vermelha...

Se ele não parasse eu iria ficar vermelha de novo.

O celular de Joel começou a tocar, e ele pediu licença, saindo do camarim para atender.

— Bom, ao menos não erraram de tudo. Não sei porque perguntaram de você e o Chris. Mas vocês já ficaram né, então não foi um tiro tão fora do centro...

— Martin! — o repreendi. — Joel não sabe disso, ok? E eu gostaria de manter dessa forma.

Ele levantou as mãos em formas de rendimento, e ficou quieto.

— Eu realmente espero que ele não tenha ouvido... — falei, soltando um suspiro.

— E se ouvir? Foi algo tão insignificante, ele nem deveria dar bola. Você e o Chris não dão.

Revirei os olhos.

— Joel é uma pessoa muito intensa, ok? E como você disse, foi algo insignificante, então não há motivos para falarmos disso.

Martin e James concordaram com a cabeça.

Quando Joel voltou, estava tão concentrado em arrumar a bandana na cabeça que eu tive certeza que não havia ouvido nada.

— Vem cá — falei, rindo da cena.

Ele veio até mim, se virando. Tirei o pano de sua cabeça e o arrumei, voltando no lugar logo em seguida e o amarrando. Enquanto eu fazia isso, o cabelo dele mexia, o cheiro de creme se espalhando. Era um cheiro muito bom.

— Seu cabelo é melhor que o meu — falei, rindo e apertando seus cachos. — Nunca mais diga que não gosta do seus cachos como disse essa semana, ok? — Beijei seus cabelos.

Joel deu um sorriso tímido, ficando vermelho.

— Você é sem duvidas o ser mais fofo que eu já conheci! — Segurei em seu rosto e lhe dei um beijo em sua bochecha.

— Onwt — falaram Martin e James juntos.

Joel quase virou um pimentão.

— Joel Pimentão — falei o que pensei.

Nós caímos na gargalhada.

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