Candy Girl (Bubbline)

MARCELINE: Limonada

"Eu não sei porquê a imagem daquele serzinho explodindo ainda me assombra. Ele simplesmente explodiu na minha frente e isso foi tão louco. Qual é, foi só uma piada não precisava disso tudo"

Marceline tinha tentado compor uma música antes, mas todas suas melodias eram invadidas por um som chato de explosão semelhante ao que o "serzinho" fez. E em suas letras a palavra "explosão" era constante. Estressada, ela desistiu de tudo e agora expunhava no seu diário seus pensamentos.

"Ah! Esqueci de mencionar a criatura esquisita que encontrei dia desses enquanto passeava pela floresta. Vou contar a história para você. Era uma terrível manhã de sol e a bela e perigosa vampira flutuava pela floresta com seu enorme guarda-chuva preto"

Desde que virou vampira, Marceline não tinha o hábito de sair pela manhã, mas algo nela a incomodava e só passava depois de uma caminhada. Ela respirava o ar puro sem se importar com os animais que fugiam assim que notavam sua presença. Ela apenas seguia em frente. Até que se deparou com algo novo. Uma criatura amarelo-esverdeada, um pouco mais alto que ela e... pelado. Marceline simulou uma expressão de quem ia vômitar ao constatar isso. A coisa estava parado de costas para ela, virando a cabeça para os lados como se estivesse procurando algo. Marceline o observou a alguns metros de distância esperando ver o que ele ia fazer. A criatura então percebeu que estava sendo observada e se virou para sua espectadora. Ele a encarava com o olhar desconfiado enquanto a garota devolvia um olhar de "tanto faz". Eles ficaram assim por alguns minutos, até que a vampira se cansou daquilo e decidiu tomar iniciativa.

- E aí?

- Quem é você? - a criatura disse com uma voz estridente e chata.

Ela pensou um pouco.

- Marceline. E você?

- Eu sou o Limão Grab, herdeiro do reino doce e exijo que você se curve diante de mim agora!

- Ou ou vai com calma aí ó limonada. Você sabe com quem está falando?

- Hummm. - Limão Grab cerrou os olhos.

- Você não pode me exigir nada. Eu sou Marceline, a rainha dos vampiros, eu posso beber todo esse seu suco antes mesmo que você abre a boca de novo.

- Não é suco! - Limão Grab se estressou - É essência. Aaaaaah!

O limão começou a correr em círculos gritando, destruindo galhos de árvores no chão, afugentando animais do seu esconderijo e destruindo suas casas. Marceline assistia a toda a cena com um olhar entediado.

- Cara relaxa aí.

Ela falou fazendo o parar de destruir as coisas e indo em direção a ela. O enorme limão sacudia as mãos para cima ao mesmo tempo que mostrava a língua. Sem querer, ele acabou se chocando contra o guarda-chuva que ela segurava lançando-o longe. Quando sua sensível pele encontrou a luz solar, Marceline soltou um grito pavoroso de dor. A vampira se rastejou até onde seu guarda chuva tinha voado com uma imensa dificuldade.

"Quando finalmente a vampira alcançou seu guarda-chuva ela mostrou sua cara mais ameaçadora dizendo..."

- AGORA SIM EU VOU BEBER TODA A SUA ESSÊNCIA ATÉ NÃO SOBRAR MAIS NA... ué, cadê ele?

"Ela procurou ao redor e não encontrou mais aquele panaca do Limão Grab, mas de longe ela ouvia seus gritos irritantes e o caçou com seus enormes dentes expostos. O idiota correu até uma caverna, o lugar perfeito para mim, digo, para a rainha dos vampiros, porque voar e com um guarda-chuva nas mãos é bem complicado, até para ela que era uma rainha fantástica. Mas voltando a história..."

Marceline entrou na caverna em que Limão Grab havia se escondido jogando seu guarda-chuva em qualquer lugar.

- Agora sim você tá frito limãozinho. - ela sorria em vitória.

Mas assim que entrou no lugar os gritos pararam e ele tinha desaparecido. Marceline assumiu sua forma normal e começou a olhar em volta. O lugar até que não era tão mal assim, parecia mais a cara dela do que aquela casa na árvore.

- Aí limãozinho eu até que gostei da sua casa, sabia? Acho que seria um ótimo pedido de desculpas você me dar ela.

- NUNCA! AAAAAAH! - Limão Grab pulou de trás de uma rocha enorme para a felicidade de Marceline.

- Pois então eu vou ter que pegar ela para mim.