JUJUBA: Sensações

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3 meses depois...

"Eu acredito que o frio não será mais problema para nós enquanto tivermos uma a outra. Mas amor tome cuidado, o único frio que eu desejo é o frio da sua pele, não o do seu coração"

- Como é possível que você não sinta nada Marceline?

- Nós somos diferentes. Eu não sinto as mesmas coisas que você. - respondeu com um sorriso convencido.

Jujuba revirou os olhos diante àquela falaque presunçosa da namorada e retomou seu foco nos seus movimentos.

Apesar de ainda ser dia, a concavidade da caverna obscurecia tudo, fazendo parecer um final de tarde. Marceline tinha resolvido se estabelecer definitivamente ali algum tempo antes, mas só no dia anterior que as construções haviam sido finalizadas. Exaustas demais para decidir como fariam a mudança, já que era algo que elas pretendiam fazer juntas, mas Marceline não podia sair na luz do sol e Jujuba precisava dormir a noite, a vampira tinha levado apenas coisas que ela julgava essenciais: caderno de música, baixo-machado, espelho, fotografias antigas, toca discos e um colchão. Esse último item parece até desnecessário, já que como vampira ela conseguiria dormir até de cabeça para baixo, mas talvez ela não estivesse pensando nela quando resolveu trazer. Seja qual for a razão, parece ter sido útil.

"Eu definiria a Marcy como uma pessoa fria e profunda, além de extremamente sensível. Achei estranho ela ter um colchão já que não dormia e quando a questionei sobre isso ela disse que não era nada disso que eu estava pensando. Eu sorri e não toquei mais no assunto. Ela dá pequenas demonstrações de amor o tempo inteiro e age de maneira indiferente quando eu digo 'Uh, então você fez isso pensando em mim?'. Ela nunca admite, mas não faz mal"

De olhos fechados, a vampira relaxava com os dedos de Jujuba brincando em sua barriga. Algo que começou com uma fala despretensiosa de Marceline de que não se arrepiava, e Jujuba, como uma competidora nata, resolveu aceitar o desafio.

- Oh, então você acha que pode me arrepiar? - Marceline pergunta provocante.

- Marceline, não é possível que você não tenha uma zona sensível do seu corpo que te faça arrepiar e eu vou te provar.

E logo nos primeiros momentos Jujuba percebeu que ela e a namorada tinha interpretado aquela brincadeira de formas diferentes, já que Marceline tirou a blusa e jogou-a de lado.

- Prove.

"Eu sabia que não podia voltar atrás agora porque a Marceline iria me lembrar disso até ficarmos velhinhas. Mas minha expressão com certeza deve ter me entregado, porque só depois de um bom tempo eu percebi que estava boquiaberta. Não sei se com a atitude inesperada dela ou com a visão que eu estava tendo. E então ela se jogou na cama e disse:"

- Estou esperando.

Jujuba se aproximou pelas beiradas sentou-se na cama. A superfície dos seus dedos tensos que corriam pela barriga da vampira com o tempo adotaram passadas mais descontraídas ao perceber que o carinho agradava. Era um convite inocente para mais, apenas uma forma do corpo pedir amor.

Agora, enquanto Marceline acariciava seu cabelo, Jujuba repousava a cabeça na barriga dela e seus dedos imitavam duas pernas desbravando aquela pequena região do corpo, como se quisessem reconhecer cada pedaço.

- Você perdeu. - Marceline disse de forma arrastada.

Jujuba riu.

- Não exatamente.

- Ah, não?!

A princesa levantou a cabeça.

- Se levarmos em consideração que arrepio é uma manifestação do corpo à emoções fortes - ela subiu até ficar cara a cara com Marceline - podemos dizer que eu venci. - mordeu os lábios.

Candy Girl (Bubbline)Onde histórias criam vida. Descubra agora