"Eu de verdade gostaria de dar uma melhor recepção ao Mordomo Menta, mas ele nasceu em uma hora não muito boa, por isso eu só tive tempo de vesti-lo com as roupas que a Princesa Trapo confeccionou para mim e arrumei minha mochila com todos os itens necessários de sobrevivência na mata. Pode parecer até um pouco exagerado da minha parte, mas nunca se sabe no que o Caramelo pode estar metido"
O Mordomo Menta tentava acompanhar os passos apressados da princesa que provavelmente tinha esquecido que as pernas do seu doce não eram tão largas e portanto ele não andava muito rápido.
- Vamos Mordomo Menta! Eu quero encontrar o Caramelo antes do anoitecer.
- Sim senhora Princesa!
Jujuba abria passagem enquanto o servo vinha logo atrás carregando a pesada mochila. Eles vasculharam arredores próximos ao local do acampamento gritando pelo nome do doce desaparecido sem obter resposta.
- Desculpe princesa, mas acho que devíamos descançar mais um pouco.
- É, você tem razão.
"A principal coisa que difere o Mordo Menta dos outros doces é que ele não leva a mesma quantidade de doce que os outros. Eu corri o risco usando na mistura dele alguns dos ingredientes que usei para criar um Limão Grab. Isso significa que ele não tem a mesma personalidade de seus irmãos, ele tem uma capacidade de raciocínio muito maior e suas habilidades são melhores desenvolvidas"
- Ok, Mordomo Menta, vamos descansar um pouco. - Jujuba desabou em uma pedra, relaxando os braços e jogando a cabeça para trás.
Enquanto a princesa descansava, o mordomo pensou ter visto algo interessante, então ele tirou a mochila das costas e caminhou para longe da princesa que nem sequer notou sua ausência. Um barulho nos arbustos fez a garota se assustar e procurar pelo seu mordomo.
- Mentinha? É você?
Um clima sinistro se instaurou e a floresta pareceu ficar mais escura. Jujuba tentava manter a calma e não demonstrar pavor embora por dentro ela sentisse o contrário. Ela se levantou da pedra e procurou por sinais do que se movia na calada da noite. Ao passo que se aproximava do local de onde vinha o barulho, ela repetia a si mesma um mantra para afastar o medo.
- Princesa?
- Mentinha! - ela deu um salto para trás. - Você me assustou!
- Desculpe senhora, mas eu achei isto. - ele estendeu a mão mostrando o que tinha achado.
- O que é isso? - a princesa analisava o conteúdo.
- Não sei, eu encontrei a alguns metros daqui. - o doce apontou.
- Hummm...
Jujuba fez alguns testes esquisitos com a pista até que finalmente provou.
- Isso é... - seu paladar aguçado trabalhava para dar um resultado. - DOCE! CARAMELO! Vem Mentinha!
- Sim senhora.
A garota saiu correndo na direção que o mordomo Menta tinha apontado, esquecendo-o completamente lá atrás. Ele rapidamente recolheu os pertences que sua ama tinha deixado para trás e juntou-se a ela. Chegando lá ele viu que ela analisava a cena com bastante cuidado.
- Tem muitos pedaços de doce por aqui...
- E isso é bom, senhora?
Jujuba pareceu pensar um pouco antes de responder.
- Não, nada bom. É como se algo tivesse... explodido.
"Querido diário, a minha aventura com o mordomo Menta me rendeu informações valiosas. Nós encontramos pequenos fragmentos de doces e eu usei meu identificador de partículas para confirmar minha teoria. Ele apontou que os fragmentos realmente pertenciam ao Caramelo. E como o povo doce não explode por acaso, suponho que o Caramelo deve ter visto algo que o assustou demais. Por outro lado até uma formiga assustaria o povo doce, então eu não sabia se deveria me preocupar ou não. Mas para a minha sorte encontramos um esquilo que disse ter visto a situação. Ele me disse que pelas redondezas vivia um monstro horrível capaz de sugar almas e deixar um rastro de escuridão por onde passava. A história que aquele animalzinho fofo me contou me causou arrepios. Mordomo Menta me assustou com seu estranho interesse pelo monstro. Ele não aparentava ter um pingo de medo e essa não é uma característica típica de um doce. Enfim, eu acho que está na hora de construir um lugar mais seguro para o meu povo"
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Candy Girl (Bubbline)
Romans"- Por falar nisso, você... - Marceline se aproximava de Jujuba como uma onça se aproxima da presa. - O q-que tem eu? - Jujuba se afastou até ser encurralada numa parte da sua tenda. - Você é o meu tipo... [...] Ela fechou os olhos com força e vi...