Candy Girl (Bubbline)

JUJUBA: Você

"É só pensar em você que muda o dia. Minha alegria dá pra ver, não dá pra esconder. Nem quero pensar se é certo querer o que vou lhe dizer. Um beijo seu, e eu vou só pensar em você"

Debaixo de um céu estrelado, no topo da casa na árvore, Jujuba escrevia em seu caderno pensamentos íntimos, frutos de uma inspiração que o momento lhe causava. Estava frio, por isso ela sentia uma brisa gostosa na pele, um frio na barriga e um arrepio que corria suas costas. Mas talvez esse frio tivesse outro nome.

- Ei! O que você tanto escreve aí?

Quando abaixou o caderno que cobria sua visão para dar de cara com o sorriso e olhos curiosos de Marceline.

- Oi Marcy. - também conhecida como frio - São umas anotações importantes.

- Anotações é? Posso ver? - Marceline sentou-se ao lado dela.

- Quem sabe um dia, mas não hoje. - disse fechando o caderno.

Marceline fez um barulho de quem não ligava, e no fundo, Jujuba só queria saber se aquilo era realmente verdade.

- Eu estou escrevendo uma letra nova, sabia? - a vampira soltou.

Ambas contemplavam o céu.

- É sobre alguma coisa em especial...?

"Eu espero não ter parecido sugestiva com essa pergunta, mas acontece que nesses últimos tempos a única coisa que me interessa é que ela esteja pensando em mim tanto quanto eu penso nela"

- Hum... é sobre coisas.

- Marceline... o universo é formado de coisas. Seja mais específica.

- Não.

- Tá bom. E eu vou posso ouvir?

- Não. - Marceline negava tudo camalmente.

"Mas Marceline não tem só a pele fria"

Jujuba deu um suspiro alto e impaciente.

- Por que sempre que eu tento me aproximar de você, você se afasta?

Marceline a encarou confusa.

- Bom, nós estamos vendo as estrelas juntas. Essa é a primeira vez em séculos que permito alguém ter esse tipo de aproximação comigo.

- Tá, tudo bem. Mas quando é que você vai me deixar entrar no seu mundo?

A seriedade nos olhos de Jujuba fazia parecer que a qualquer momento ela seguraria Marceline pelos ombros e a chacoalharia como uma boneca de pano. E sabe Goob porque, imaginar isso acontecendo fez Marceline achar engraçado. Ela sorriu suavemente. Se aproximou devagar de Jujuba, que nesse momento já tinha perdido a expressão séria e tinha agora um olhar de criança quando tem medo de algo desconhecido, mas, a curiosidade para saber do que se tratava, a impelia a seguir em frente. Marceline podia fazer qualquer coisa ali que Jujuba a seguiria.

"Eu estou de joelhos implorando. Amor, por favor, me mostre seu mundo"

A rainha dos vampiros sabia que estava na posição de controle e por isso mesmo ela deu um beijo na bochecha de Jujuba e lhe disse:

- Quem sabe outro dia, mas hoje não. Está tarde, vou te levar para casa.

"Ela simplesmente se levantou e me deixou catatônica no chão. Eu não sei o que eu estava esperando que acontecesse, mas sem dúvidas não era isso"

Marceline estendeu a mão para Jujuba que dispensou alegando que podia se levantar sozinha. Aquela reação de Jujuba tinha deixado a vampira imensamente satisfeita. Não era a hora ainda de nada acontecer.