NARRADOR: Ash (parte 1)

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PERDÃO PELA HISTÓRIA ENORME
E desculpa fazer vocês esperarem um mês por atualização, eu sou muito procrastinadora levo um ano pra fazer "conectivos" com as partes da história. Eu sei que essa última parte não fez sentido, então permitam-me explicar. Quando eu vou escrever eu fico pensando por dias no que pode acontecer na história, quem vai estar e etc. Aí eu decido como vai desenrolar cada coisa, tipo, primeiro acontece isso, depois isso e por fim isso. O problema é que ficam "vácuos" entres essas partes que eu ou não sei como preencher ou preciso fazer pontes enormes para fazer sentido. Eu poderia contar a história sem tantas voltas, mas eu gosto de contextualizar tudo para ficar fácil para vocês (e até para mim) entenderem minha linha de raciocínio. Enfim, boa história :3

◇◇◇

- Ok galera, hora da pausa! - Ash declara quando o som dos instrumentos cessam. - Ei Marcy, - ele se vira para a garota que retira o baixo das costas - obrigado por deixar a gente ensaiar aqui e tocar com a gente.

- Não pense que eu não vou cobrar por isso depois. - Marceline brinca.

- Eu farei o que você quiser.

Talvez fosse o jeito que ele a olhou, mas algo naquela frase fez com que Marceline tivesse a sensação de que Ash havia interpretado mal sua piada. Em outros tempos ela pudesse ter cedido à brincadeira e flertasse de volta, mas agora ela só queria dispensar ele.

- Vai com calma Ash. - ela deu dois tapinhas no peito do garoto.

- Você agora gosta de calma? - ele riu - Achei que gostasse de ir direto ao ponto.

- Ei Ash! - um dos integrantes da banda o chama.

Marceline se aproveitou da distração dele para escapar flutuando pelas escadas que davam no topo da casa-árvore. Ela tirou o walkie talkie do bolso de trás da sua calsa e sutilmente sentou-se nas folhas firmes que cobriam o local. Seu polegar ansioso pressionava o botão, mas sua voz vascilava entre falar ou não. Por mais que esse fosse seu desejo, ela avaliou que talvez não fosse um bom momento. Fechou os olhos e sacudiu a cabeça.

- E aí princesinha, nós demos uma pausa aqui e eu pensei em atrapalhar seu trabalho para dar um oi. Então... oi.

Ela tirou o dedo no botão e instintivamente ficou olhando o aparelho esperando por uma resposta. Mas o tempo para quem está apaixondo é sempre muito curto e quase nunca é suficiente. E na sua ansiedade para não desperdiçar nenhum segundo ela acabou esquecendo de algo crucial.

- Ah, é. Câmbio.

- Marcy! Eu não estava esperando, mas você nunca atrapalha. Como você está? Eu estava louca para te mandar mensagem, mas não sabia se...

Não demorou nem um segundo para Marceline receber a resposta. Conversas muito longas a irritavam, pessoas que falavam demais também, mas ela não ligava nem um pouco em passar horas apenas ouvindo Jujuba falar, mesmo que fossem assuntos que ela não tivesse o menor interesse.

- Desculpa eu estou falando demais. Como está o ensaio? Câmbio.

- Bom, até agora está tudo correndo muito bem, eles ainda não destruiram a minha casa e o nosso som está cada vez melhor. Quer dizer, nosso som não porque eu não faço parte da banda e... você sabe. Câmbio.

Marceline não entendia de onde tinha surgido aquela necessidade repentina de deixar Jujuba saber cada detalhe do seu dia e isso a assustava. A paixão muito intensa assusta.

- Então você ficou com saudades de mim? Câmbio.

E essas perguntas de Jujuba a deixavam constrangida.

Candy Girl (Bubbline)Onde histórias criam vida. Descubra agora