Já era noite e por mais que a princesa tentasse se concentrar nos planejamentos para o seu reino, a sua cabeça só conseguia pensar nos livros que Mentinha tinha lhe conseguido. Era crucial para ela entender o que se passou com Marceline, mas a vampira não parecia fazer o tipo de que se abria com facilidade. Marceline era uma incógnita e ainda por cima misteriosa. Quando chegou no reino após sua visita a Marceline, Jujuba olhou seu equipamento de radar e percebeu que o ponto vermelho que indicava a localização havia desapercido do leitor. Jujuba torceu a boca.
"Ela provavelmente quebrou meu rastreador. E é o mais óbvio a se fazer mesmo. Eu até cogitei pedi-lo de volta, mas estava tão envergonhada pela minha atitude que não tive coragem"
Seus pensamentos foram interrompidos por um vento frio que adentrou a sua cabana.
- Fala aí princesa - Marceline chegou flutuando com a maior naturalidade - eu tomei aquilo que você me deu e adivinha? Não funcionou.
Ela abriu a boca e apontou para as presas que não mudavam nada. Jujuba estava boquiaberta e feliz ao mesmo tempo com a presença de Marceline nos seus aposentos.
- Marceline! Eu sabia que você voltaria.
- É, tanto faz. Eu só voltei mesmo porque eu não sei o que a sua poção pode ter causado em mim.
- Você tem razão. - Jujuba colocou as mãos no queixo pensativa - Se a minha poção não funcionou ela provavelmente pode ter ocasionado alguma mudança...
Jujuba deu início a uma série de explicações carregadas de termos técnicos que Marceline não compreendia e só assistia a princesa rosada caminhar de um lado para o outro do quarto.
- Então... como a gente vai descobrir o que eu tenho?
Jujuba se voltou para Marceline.
- Para o meu laboratório! - a princesa pronunciou puxando Marceline pelo pulso.
Quando Jujuba se aproximou das cortinas da barraca, lhe ocorreu que o povo doce jamais poderia ver Marceline circulando pelo acampamento. Jujuba sabia que a vampira não representa perigo, mas depois de tantas histórias fictícias espalhadas ela provavelmente não tivesse tempo de explicar para eles o equívoco antes que todo mundo fosse pelos ares. Ela estacionou na porta fechando as cortinas enquanto buscava uma solução. Marceline a encarava hesitante.
- Ah! - ouve um estalo na sua mente e ela largou o braço da vampira.
Marceline seguia Jujuba com o olhar. A princesa abriu um enorme baú de madeira que ficava próximo a sua estante e apanhou de lá uma capa vinho medieval de veludo com capuz, estendendo-a, fez um barulho de aprovação.
- Tome isto. - ela entregou a capa para Marceline - Se o povo doce te ver por aqui eles podem surtar. - a rainha dos vampiros olhou para a capa nas suas mãos e depois para Jujuba - Por favor, Marceline...- Tá bom. - ela suspirou vencida.
Marceline ficou inerte enquanto Jujuba avaliava se seu disfarce estava primoroso.
- Hummm - a princesa coçou o queixo - Acho que vai servir.
Marceline agradeceu mentalmente por não precisar agregar mais nada a sua imagem. Enquanto elas caminhavam, Jujuba discretamente passava um enorme conjunto de regras para Marceline seguir. Alguns de seus súditos a cumprimentavam, estranhando o ser silencioso que estava em sua companhia, mas sem o atrevimento de perguntar quem era ou o que estava fazendo ali. Afinal, se a princesa não estava se incomodando, porque não deveria ser nada alarmante, certo?
- Boa noite, senhora.
- Ah, oi mordomo Menta.
- Tudo bem? - ele se espichava para ver o rosto da figura encapuzada atrás da princesa.
- Tudo. - ela tentava proteger Marceline.
- Seu amigo?
- É-é, pode-se dizer que sim.
- Olá. - Mentinha saudou, porém, não houve resposta.
A bala ficou ainda mais desconfiado e já se preparava para fazer uma nova pergunta quando Jujuba achou por bem intervir.
- Ah Mentinha! Você poderia por favor preparar um chá de camomila e levar até os meus aposentos?
Ele obedeceu mesmo contra a gosto. O mordomo deu uma última olhada para a figura e a capa arrastando ao chão lhe deu a sensação de que o amigo da sua ama estava.. flutuando. Aquilo com certeza não sairia da cabeça do doce.
"Primeiro dia de testes em Marceline Abdeer"
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Candy Girl (Bubbline)
Romance"- Por falar nisso, você... - Marceline se aproximava de Jujuba como uma onça se aproxima da presa. - O q-que tem eu? - Jujuba se afastou até ser encurralada numa parte da sua tenda. - Você é o meu tipo... [...] Ela fechou os olhos com força e vi...