capítulo 12

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Biel Narrando

É sempre difícil deu ir ver a minha mãe porque não gosto de deixar o mano sozinho porque eu não confio muito nos outros cara. O Vitinho é o o único que eu confio porem ele é muito lerdo. Mas tem muito tempo que não vejo minha mãe, ela não aceita vir morar comigo então eu tenho que ir até ela.

—Eu:Fala amor da minha vida—abracei ela.
—Maria:Garoto que susto.
—Eu:Qual foi coroa tá devendo?
—Maria:To devendo a moça que arruma meu cabelo.
—Eu:Já falei que quando tiver precisando de dinheiro é pra você falar comigo carai, tá achando que eu sou bandido por quê?
—Maria:Pra morrer ou ser preso.
—Eu:E dona Maria começa não em, vira essa boca pra lá.
—Maria:Moleque próxima vez que você ficar me chamando de “coroa” “dona” eu vou te sentar o chinelo.
—Eu:Tá bom senhorita.
—Maria:Assim tá bom, vai ficar aqui até que dia?
—Eu:Já quer que eu vou embora?
—Maria:Não menino Euen, é porque vou no mercado e preciso ter uma noção da quantidade que vou comprar.
—Eu:Mãe precisa fazer compra não, eu vou ficar só até amanhã, se eu quiser comer algo  eu mesmo compro. E toma aqui o dinheiro pra pagar sei lá quem você tem que pagar—falo colocando mil reais na mesa.
—Maria:Gabriel eu não preciso disso tudo.
—Eu:Mãe cala boca eu te amo—abracei ela.
—Maria:Também te amo e não manda eu calar a boca não —deu um tapa em mim.
—Eu:Vou dar uma volta.
—Maria:Aquela garota volto.
—Eu:Que?
—Maria:A Amanda.
—Eu:Ah tá ela volto?
—Maria:Sim, acho que é férias sei lá.
—Eu:Correto, daqui a pouco volto.

Amanda foi meu primeiro amor, porém minha primeira ilusão também. Ela sim é diferente das outras, o sonho dela é de estudar e ser juíza, eu nunca fui aceito pela família dela, então ela não queria mais ficar comigo escondido e também tinha a faculdade que ela passou e foi embora do Rio. Isso tem dois anos.

Eu encontrei os moleque e fiquei sabendo que hoje tem 50 equipes aqui, é claro que o pai vai tá né. Fui no mercado pra fazer um agrado pra minha mãe e acabei vendo a Amanda com seu pai. Eu fiquei com vergonha e não sabia onde enfiava minha cara.
—Amanda:Gabriel?
—Eu:Oi, Amanda—sorri e fiz uma cara de desentendido com minha reação. Parecia até filme.
O pai dela viu que eu estava armado.
—Heitor:Vamos Amanda.
—Amanda:Já vou.
—Heitor:Agora.
—Amanda:O que aconteceu  nossa. Tchau Biel—foi com ele.
—Eu:Tchau.
Eu voltei pra casa muito bolado por conta do pai da Amanda.

Como eu era antes de você Onde histórias criam vida. Descubra agora