2.5. Ataque de peões

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Joaquim e Sebastião estão caminhando por uma viela. Eles tinham saído da casa da Dona Tita, uma velha com poucos dentes naturais e muita habilidade para reclamar. De repente, Joaquim sente uma movimentação estranha no flanco esquerdo. Movimentos, na sombra, sugerem que são três figuras, magras e de velocidade não-humana.

- Tio, eu...

- Sim, já notei. Continue a andar. Lembre-se da jogada de xadrez: um movimento avançado nas alas deve ser respondido energicamente no centro.

Em silêncio, eles apressaram o passo em direção a uma área mais iluminada.

De repente, a poucos metros do poste, os três vampiros dão o bote. De forma explícita, dois monstros se dirigem para atacar Joaquim, enquanto o outro se posiciona para disputa mano a mano com o tio. "Formação defensiva, arma em punho", ordena Sebastião!

O aprendiz entende perfeitamente o ataque. São três erráticos em busca de sangue. Ele deixa a maleta no chão e, quando os monstros estão a dois metros de distância, retira do bolso da calça um objeto brilhante. Uma pequena espada, e na base está escrito: "cenaculo deorsum lucem".

Quando o vampiro está a um metro de distância, Joaquim berra: Luz do Pombal!

Ele perfura o ofensor que chegou primeiro. Mas provavelmente também teria morrido mesmo se não fosse trespassado pela arma. A espada, que havia sido presente de sua mãe, brilhava de uma forma mágica, queimando os dois vilãos, que em poucos segundos viram manchas de pó marrom, ralo e seco.

O tio matou o monstro a que lhe cabia com uma arma mais ortodoxa: a bengala de madeira, que carregava na mão direita, fez a função de estaca e verteu o coração podre do sugador.

- Essa foi fácil, porque o ataque de peões não estava apoiado por peças. Querido sobrinho, esses monstros são meros rabones. São peões sem cérebro. Quando há turrinos, como torres posicionadas atrás deles, a coisa fica mais complicada...

Tiradentes Jovem contra os VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora