Gostaria de possuir um dom que me permitisse resumir essa obra em breves palavras, porém, não sou capaz. Seria de natureza impossível mostrar toda a profundidade psicológica do personagem principal, Daniel, nesse parágrafo; assim como é inviável dim...
Nota do autor: Deixarei músicas em alguns capítulos que foram citadas no decorrer da história ou que ajudarão a adentrar o mundo do personagem. A música desse capítulo é Les filles désir - Vendredi sur Mer. (Existe uma playlist no spotify com todas as músicas que apresento ao longo da narrativa. Procure por 'Itapoga' ou acesse o link da minha biografia).
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Daniel correu, suas pernas indo o mais rápido que conseguiam. Seus pulmões ardiam, suas têmporas tinham gotículas de suor e seu coração batia rapidamente contra a caixa torácica. Mais cedo, havia álcool em seu sistema circulatório; agora, adrenalina corria freneticamente por suas veias. Ele se perguntava o porquê de ele sempre fazer decisões estúpidas, chegando a conclusão de que talvez ele fosse um grandessíssimo idiota. Seus olhos rondavam todo o perímetro, procurando desesperadamente algum lugar que ainda tivesse táxi.
"Não creio que fizemos isso!" Aaron ria. Estava claramente aproveitando o momento enquanto Daniel, bancando o (quase) adulto responsável, se preocupava pelos dois.
A probabilidade de ser pego impulsionava diferentes reações nos dois meninos.
"Eu não acredito que você acha engraçado fugir da polícia." Daniel transpareceu sua incredulidade entre sôfregas arfadas.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Dizer que Daniel estava bravo era um eufemismo. Ele praticamente bufava de raiva enquanto olhava de um lado para o outro, tentando achar seus amigos imbecis naquela multidão energética de corpos que, segundo Newton, não poderiam ocupar o mesmo espaço físico. Dando um suspiro de derrota, concluiu que eles deveriam estar aos beijos com uma garota qualquer, já que era a única coisa que demonstravam interesse. Ele estava ali a contragosto, pois era incapaz de proferir um sonoro 'não' às vontades de seu melhor amigo, Aaron.
Havia um certo tempo que Daniel possuía sentimentos amorosos pelo amigo, mas estava sempre a negar. Para ele, a heterossexualidade lhe parecia mais conveniente. Chegaria um dia em que sua falta de honestidade consigo mesmo acarretaria num colapso psicológico, porém, não considerava o assunto de suma importância.
"Aonde você estava, imbecil?!" Daniel esbravejou ao ver Aaron se aproximar, empurrando alguns corpos pelo caminho. Ao examinar a aparência do amigo, percebeu que ele estava drogado.
