Capítulo 26 | PRAZERES DUVIDOSOS (HOT+)

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- Não se pode ir fundo em corações rasos.

A noite enluarada banha o colégio de uma luz quase mística, projetando uma enorme sobra minha que se arrasta a minha frente e acompanha meus passos cautelosos e discretos, sou apenas eu pelos corredores, e a essa hora, todos os meninos preferem o ...

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A noite enluarada banha o colégio de uma luz quase mística, projetando uma enorme sobra minha que se arrasta a minha frente e acompanha meus passos cautelosos e discretos, sou apenas eu pelos corredores, e a essa hora, todos os meninos preferem o conforto indispensável de seus dormitórios. Mas o motivo vale, eu sequer sinto a brisa noturna e incisiva que me atinge o corpo, em meu bolso direito, trago a chave do dormitório do Tómas, mas não é como se servisse apenas pana usar na fechadura nem nada do tipo, é muito mais que isso, é a chave para tudo que ainda teremos pela frente, e pensar em todas essas coisas me deixa em um nível exultante de excitação.

Uma vez diante de sua porta, quase sinto como se fosse sofrer um infarto fulminante; minhas mãos tremem, e hesitam antes de tirar a chave do bolso, percebo que estou soando frio (embora tenha tomado uma ducha caprichada ainda há pouco) e em meu estômago, as coisas que comi na janta se reviram e formam uma confusão visceral e nauseante. É só quando ouço alguns passos se aproximando no corredor que me encorajo a seguir em frente - antes de ser pego com a boca na botija, por assim dizer.

Giro a maçaneta e entro, sugando todo o ar presente no ambiente e enchendo meus pulmões; eu penso no Pierre, penso no Jp, na confusão com o Boca e nas coisas que terei de esconder, eu penso em tudo, e todos os meus pensamentos levam ao Tómas:

- Até que enfim! - ele resmunga, saindo do sofá num pulo e avançando em direção a porta, utilizando a sua própria chave para trancá-la por dentro. - Já tava começando a achar que o panaca gorducho não tinha dado o recado. - diz por fim.

Não sei ao certo como agir, não estando pela primeira vez no território dele. O dormitório do Tómas é mais espaçoso, isso porquê é feito para abrigar cinco garotos; nas cômodas, adesivos e pichações feitas á caneta disputam espaço, enquanto que nos beliches, lençóis e travesseiros são largados á esmo, eu tento ignorar as cuecas espalhadas pelo chão e também um par de meias, que está encardida e petrificada de sujeira, nem mesmo o sofá escapa, pois, a julgar pelas embalagens de salgado e refrigerante, percebo que esse é o principal local de refeição deles quando não estão no refeitório.

Tento deixar esses aspectos de lado, já que não é esse o meu objetivo aqui, mas, ainda que eu tente, sinto uma espécie de intimidação diante dele, o que me faz permanecer estagnado no centro do quarto, como um completo tolo, sem nenhuma noção do que fazer a partir desse ponto.

Tómas passa por mim, naturalmente, e logo em seguida se debruça sobre o sofá, as penas abertas e um dos braços sustentando a cabeça atrás da nuca, enquanto que o outro, apalpa o material volumoso que ganha forma através da sua bermuda:

Tómas passa por mim, naturalmente, e logo em seguida se debruça sobre o sofá, as penas abertas e um dos braços sustentando a cabeça atrás da nuca, enquanto que o outro, apalpa o material volumoso que ganha forma através da sua bermuda:

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O Capítulo do Pedro (Spin-off Alojamento dos Héteros)Onde histórias criam vida. Descubra agora