A diversão que virou romance

Hall

Dois meses depois...

Os dias continuaram passando rapidamente devido ao tanto de tarefas e responsabilidades que eu tinha o tempo todo. Às vezes, eu sequer conseguia fazer tudo em meu horário de trabalho e acabava tendo que terminar no dia seguinte. Mas, mesmo sendo assim, eu pensava que estava indo bem.

A cada vez mais, eu estava me inteirando e me adaptando ao estilo e ritmo do hospital. E se algum dia eu tinha me sentindo com medo de fazer algo errado ou menos do que era esperado, atualmente estou me sentindo segura e sei que essas coisas não irão acontecer.

E quer saber? Eu estou amando tudo isso!

Ter o tipo de rotina que eu finalmente tenho hoje em dia, foi o que eu sempre sonhei. Eu sempre visei minha independência, meus interesses e minhas realizações. O ingresso na universidade foi a primeira delas, e agora, tratava-se do meu emprego onde sempre sonhei.

Sendo assim, eu até ficava um tanto decepcionada quando o dia passava muito rapidamente e logo eu tinha que ir embora. Em minha casa simples e um tanto sozinha, eu realmente não tinha muito que fazer. Então, eu comecei a preferir ficar no trabalho ou resolvendo coisas ao invés de estar ali o tempo todo, totalmente entediada.

E era por ter mais opções por agora, que eu estava me sentindo mais animada e realizada ultimamente. Era uma rotina cansativa e totalmente pesada para uma iniciante como eu. Mas eu estava dando conta e isso era o mais importante.

Sábado sempre era meu dia de folga, sendo assim, nessa semana não seria diferente. E foi ao saber que Hyerin pegaria o plantão da manhã e a tarde estaria liberada, que decidimos fazer algo. Pensando nisso, resolvemos ir ao shopping no centro da cidade. Marcamos um horário e eu logo fiquei ansiosa, pois já tinha um tempo que eu não ia até lá.

Acertamos os detalhes de nosso primeiro passeio juntas e depois de tudo decidido, começamos a conversar no momento em que tivemos um tempo livre para um lanche. Começamos a falar de assuntos variados, até que voltamos àquele assunto de antes.

– Lá vem você de novo com esse assunto. – Dei risadas.

– Eu só queria saber se você encontrou uma das beldades por aí.

– Eu disse que te contaria caso encontrasse, não disse?

– Você poderia ter esquecido. – Ela riu.

– Não aconteceu ainda. – Falei. – E pensando bem, até que está demorando bastante para acontecer. Pensei que não seria rápido, mas que levaria tanto tempo assim, eu não contava.

– Já está aqui há quanto tempo?

– Acabo de completar dois meses.

– Sabe de uma coisa? Você precisa começar a explorar os andares por aqui. Como eu disse, eles não têm compromissos aqui no segundo, sendo assim, seria mais fácil você dar um passeio pelo quarto.

– Um passeio? – Dei risadas.

– Sim, um passeio fake.

– Mas o que eu devo fazer ao chegar lá? Para começar eu nunca fui a outros andares e não sei como tudo é no andar que não é o meu.

– O quarto andar é como o segundo, porém é mais no alto. – Fez piadas.

– Engraçadinha... – Dei de ombros. – É sério! O que devo fazer? Sair batendo na porta de todas as salas até encontrá-los?

– Não, Hee! Pelo amor de Deus! – Ela deu risadas. – Eles são médicos, cada um tem sua própria sala fixa para atender e consultar os pacientes.