A little bit clear

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E como já era de se esperar, comecei a ver os tais com frequência após o episódio no restaurante perto do hospital. Foi pouca coisa o que houve, porém pareceu ter significado mais do que um tempo para conversas. Agora um deles já tinha o meu número então isso fez tudo se adiantar mais ainda.

Nos encontramos mais duas vezes depois do furo com Hyerin. E não, não foi algo marcado. As mensagens que eu recebi no dia em que informei meu número foram as únicas. E ligações, nunca fizemos. Mas, isso não foi o suficiente para evitar novos encontros inesperados.

Trabalhávamos no mesmo local e costumávamos tomar o café da manhã e o lanche da tarde no mesmo lugar – na cantina do hospital. Trabalhávamos ali diariamente, então depois de que nos apresentamos um ao outro e tivemos aquele agradável jantar, tudo se encaminhou melhor.

É, estávamos começando a ser colegas de trabalho. Antes, éramos apenas pessoas que tinham tal local em comum. Mas agora, nos cumprimentávamos com mais frequencia e isso parecia agradar a mim e a eles. A amizade estava surgindo e confesso que ter amizade justamente com eles era bom.

Pois é, uma amizade com os dois poderia começar – e algo me dizia que já tinha começado por mais que nos falássemos pouco e os assuntos não eram muito distante do nosso local de trabalho. Mas, por mais que isso se referisse aos dois, eu sentia que Taehyung era o mais próximo a mim.

Foi ele quem ofereceu a carona.

Foi ele quem pediu meu telefone.

E é claro que Hyerin ficou sabendo disso tudo. Desde o primeiro dia após aquele encontro eu já lhe deixei ciente sobre o que aconteceu. Contei o que eu pensei sobre eles e o que falamos enquanto estivemos juntos. Ela fez insinuações, mas quando eu insisti em falar que não era grandes coisas o fato de eu cumprimentá-los, ela conteve-se.

E por já saber de tudo, ela estava ciente também sobre nossos encontros que às vezes acontecia quando íamos fazer um lanche quase no mesmo horário. Não era sempre, muitos dias seguidos fiquei sem cumprimentá-los, porém mesmo que fosse assim, Hyerin decidiu não ir. Ela disse que o papo era entre eu e eles e ela não queria atrapalhar.

Porém, o que me intrigou, foi o fato de Jungkook não ter feito o mesmo quando aqueles encontros para um café aconteciam. Hyerin era minha amiga e mesmo que eu falasse que nada rolaria, ela não quis "atrapalhar" o que ela pensava que acontecia.

Mas, Jungkook não teve essa consciência quanto ao seu amigo. Hyerin não quis se juntar para não "segurar vela" ao pensar que Taehyung e eu ainda teríamos algo. Porém, o amigo do mesmo continuou com a gente em todos os momentos e não deixou Taehyung em paz comigo para continuar a aproximação que pretendia.

É, foi bem isso.

Onde eu estava com Taehyung, Jungkook ia junto.

Pensei ser inconveniente. Realmente não havia nada, nada tinha rolado a mais do que uma conversa e um convite para outro café no dia seguinte. Mas eu era mais próxima de Taehyung, porém Jungkook parecia não entender.

O curioso era que Taehyung não se via incomodado. Enquanto tínhamos o tempo do café para trocarmos algumas palavras depois de um cumprimento, Jungkook se juntava a nós e eu parecia ser a única incomodada. Ele era mais distante, eu preferia realmente conversar só com Taehyung – que parecia ser o mais falante – porém isso não acontecia.

Mas, com o tempo eu resolvi não deixar aquilo me incomodar. Duas semanas já tinham se passado após a primeira vez que eu estive junto a eles no restaurante e cada vez mais tínhamos assuntos em comum. E sobre Jungkook, resolvi pensar que estar em sua presença seria bom já que ele não era "pouca coisa" como dizia Hyerin.

A diversão que virou romanceOnde histórias criam vida. Descubra agora