Individually

1.2K 123 25
                                    

Sábado à noite

É, confesso que aquilo tudo estava subindo a minha cabeça. E eu, que nunca tinha pensado nisso antes, agora não conseguia esquecer tudo que houve. Eu disfarçava bem e fingia que nada tinha acontecido, mas sempre, em meus pensamentos, as lembranças estavam bem vivas.

Esperei por um tempo e confesso que fiquei ansiosa para que eles entrassem em contato de novo. Torci por isso até que finalmente recebi a mensagem que eu gostaria de receber. E no dia, comecei a me arrumar mais cedo ainda para não perder tempo na hora de chegar.

Saí do taxi depois de ter pagado a corrida e logo fui até a calçada na frente do edifício bonito onde Taehyung morava. Encolhi-me dentro de meu casaco e em passos rápidos, subi as escadas até a recepção. Ele já tinha deixado avisado ali sobre minha chegada, então depois de ter me identificado, pude ir ao aparamento sem sua presença.

Cheguei meia hora antes do combinado. Eu estava eufórica e cheia de vontade, tinha-os visto algumas vezes durante aqueles dias, mas o que eu queria não era apenas uma conversa. O que rolou entre nós foi tão intenso que acabou mexendo comigo mais do que devia.

Peguei o elevador e sem demora, me vi de frente a porta do apartamento dele. Ansiosa, pensei que não teria problemas caso eu chegasse antes do horário combinado. Arrumei meu cabelo com a mão e logo bati algumas vezes naquela porta de entrada.

Após três tentativas, Taehyung abriu e me atendeu. Me assustei levemente quando ele abriu a porta de uma vez e logo sorri de animação. Porém, o que vi foi um homem sem emoção e expressão ao me ver. Estava neutro e me analisou de cima a baixo quando me viu.

– Boa noite! – Assenti.

– Está adiantada. – Olhou no belo relógio prateado em seu pulso.

– Boa noite, Taehyung. – O encarei.

– Boa noite, Seunghee. – Me encarou do mesmo jeito. – Mas ressalto outra vez que está adiantada.

– Desculpa, mas eu estava ansiosa por isso.

– Tudo bem, não se desculpe.

– Então por que teve que falar isso duas vezes? – O analisei.

– Acontece que eu acabei de chegar, estou faminto e ainda não tomei banho. Agora que chegou cedo, terá que ficar aqui esperando eu fazer tudo isso e aí está uma coisa que eu não queria. – Explicou.

– Não me importo em esperar. – Andei em sua direção e ousei estar muito mais perto dele. – E não me importo se ainda estiver com sua roupa social e jaleco.

– Espere na sala, por favor. – Falou quando eu entrei em seu apartamento e já estava bem perto dele.

– O quê?

– Eu vou adiantar meu banho e vou ver se faço um lanche. Caso queira, posso fazer algo pra você também.

– Eu posso ficar esperando onde você estiver. – Ousei outra vez e fui com as mãos até a barra de seu jeans.

– Por favor, Seunghee. – Afastou-se quando sentiu meu toque.

– Certo! – Me zanguei com sua atitude e levantei as mãos em sinal de rendição. – Tudo bem, farei como quer.

– Obrigado. – Disse ele.

Arrumei minha bolsa no ombro, esbarrei nele com força quando adentrei ao seu apartamento e o deixei sozinho ali enquanto trancou a porta e me mandou ir pra sala. Zangada, me joguei naquele sofá e liguei a TV. Fiquei ali calada e solitária por um tempo e até cheguei a ouvir a porta do banheiro sendo fechada quando ele entrou.

A diversão que virou romanceOnde histórias criam vida. Descubra agora