Capítulo-16

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Raven pediu para que Damian parasse o carro a três quadras da sua casa, e foi o que ele fez.

– Esse bairro, não sei se você sabe, mas é muito...

– Perigoso? – Fala o interrompendo. – Sim, eu sei. – Ela tira seu cinto de segurança – Moro aqui há oito anos, Damian. – Ela se inclina para trás e pega sua mochila. – Seria estranho se eu não soubesse que é perigoso. – Ela abre a porta do carro.

– Raven, não posso deixar você andando por ai sozinha. – Fala segurando o braço da jovem, antes que ela saia. – A Estelar não me perdoaria se eu a deixasse.

Raven se virou para ele e ficou o olhando por alguns segundos. Ela revira os olhos e empurra a testa de Damian, fazendo com que ele tire a mão do braço dela e a coloque em sua testa.

Raven sai do carro e fecha a porta, deixando Damian furioso dentro do carro, porém ele começa a pensar em uma voz que o deixa calmo, porém havia mentido ao dizer que era de Estelar, pois seria muito estranho se ele falasse de quem era a voz para a dona da mesma, pois se era estranho para ele, imagine para ela.

Ele esboça um sorriso e dá partida em seu carro.

...

O som estava alto e tocava “What lovers do” da banda Maroon 5 com SZA. Todos estavam dançando e se divertindo. Era a comemoração do time de futebol e todos os jogadores e líderes de torcida estavam lá, principalmente Megan, que havia convidado Garf e Tara, já que ainda não havia se enturmado com nenhuma das líderes de torcida e muito menos com os jogadores. Ela só aceitou ir por causa de Estelar, que foi bem convincente ao chamá-la.

– É uma pena não termos encontrado a Raven para vir conosco. – Gritou Megan em meio ao som alto.

– Ela nunca viria. – Gritou Tara.

Megan repensou no que ela havia dito e concordou com um sorriso no rosto.

Tara achava incrível que Megan sempre estava à disposição com um sorriso no rosto.

Megan olha para o lado e vê um garoto alto, forte, de cabelos escuros e olhos azuis, que estavam escuros por causa da pouca iluminação, e ele chama a atenção dela por causa de sua beleza. Um sorriso, involuntário, aparece em seu rosto. Até que ela o reconhece e o sorriso desaparece. Aquele garoto era Conner Kent, um dos melhores e mais bonitos jogadores do time, cujo a namorada era Cassandra Sandsmark, mais conhecida como Cassie Sandsmark, ou apenas Cassie – para os mais íntimos – umas das melhores líderes de torcida e a pior pessoa na qual você irá querer enfrentar.

Tara, ao perceber tudo, fala:

– Parece que a Cassie e o Conner terminaram.

Megan olha para a sua amiga e arqueia a sobrancelha.

– Por que não pega algo para beber? – Sugere Tara. – Parece desidrata.

Megan dá um sorriso e vai na direção do ponche, que era onde Conner estava.

– Virou cupido? – Brincou Garf.

– Vamos dançar! – Ela pegou no braço dele e o levou para a pista de dança. Os dois não dançavam muito bem, mas estavam felizes e não ligavam para mais nada.

Megan olha para trás e ao ver os dois dançando fica rindo, mas não de deboche ou por achá-los patéticos, mas sim de alegria por vê-los tão felizes.

– Você conhece aqueles dois idiotas?

Ela olha para o lado e vê Conner, que estava rindo dos amigos dela.

– Sim, conheço. – Ela responde. – E o idiota é você! – Ela joga ponche nele e vai na direção dos seus amigos.

Algo que Megan havia aprendido com seu tio era que nada mais importava do que a sua família e os seus amigos verdadeiros.

Naquela noite Megan viu que era Conner Kent, e não gostou nada do que tinha visto, mas de qualquer forma, ela ainda sentia algo por ele, e odiava isso.

– O que houve, Megan? – Perguntou Tara ao ver sua amiga dançando ao seu lado.

– Ele estava com bafo de merda. – Falou tapando o nariz.

Os três começaram a rir.

Megan olhou na direção em que Conner estava e ele parecia muito bravo, mas ela não ligou, apenas continuou dançando.

Depois de algum tempo dançando, Garfield começou a passar mal e Tara disse que o levaria para a casa dele e dormiria lá. Megan ofereceu sua ajuda, porém Tara não aceitou, falou que era para a sua amiga se divertir e conhecer pessoas novas, Megan concordou. Ela estava na frente da casa, ajudando Tara a colocar Garfield dentro do Uber.

– Tchau amiga. – Falou Tara, já dentro do carro.

– Tchau.

O carro deu partida e Megan ficou lá por alguns segundos, até o carro dobrar e sumir. Ela então decide voltar para a festa, mas quando se vira se depara com Conner, que ainda estava com a sua camisa molhada.

– Desculpa. – Ele fala com a voz rouca e embargada. – Eu não deveria ter dito aquilo dos seus amigos, mas eu não sabia que eram seus amigos.

Megan revira os olhos. Era incrível que mesmo bêbado, ele era lindo. E ela já achava isso dele desde quando entrou na escola, ela sentia algo por ele que nem conseguia explicar.

– Então, se não fossem meus amigos estaria tudo bem? – Falou com sarcasmo. – Escuta aqui Conner, – ela se aproxima dele – eu sei o que você quer e você não vai ter. – Ela olhava diretamente nos olhos dele e parecia que quanto mais tempo o olhava, mais hipnotizada ficava.

Ele se aproxima dela. Parecia que ele sabia o efeito que causava.

– E o que eu quero? – Ele curvou suas costas, para ficar do tamanho dela.

Megan respira fundo.

– Você só quer mais uma na sua lista de com que transou e eu não vou e nem quero estar nessa lista. – Ela faz uma expressão de seriedade e raiva.

Ele volta a sua postura normal e pega em seu queixo, como se estivesse pensando.

– Que tal uma aposta?

– Que tipo de aposta? – Pergunta ela.

– Se eu conseguir fazer você transar comigo em um mês você terá que se vestir de mascote em um dos nossos jogos e dançar com a líderes de torcida.

Megan riu. Aquilo era algo besta e idiota.

– Nem pensar, por que eu faria uma coisa dessas?

– Tá com medo de perder?

Uma das fraquezas de Megan era a sua competitividade, algo com o qual ele acabou de mexer.

– Tudo bem. – Fala ela sem pensar. – Mas se eu ganhar você vai ter que jogar com o uniforme das líderes de torcida

Ele concorda e os dois apertam as mãos.

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