CAPÍTULO QUARENTA

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George.

Os dias vão se passando e a cada momento mais aumenta algo dentro de mim, talvez saudades ou agonia. Eu apenas queria perguntar se ela está bem. Porque não parece estar. Alice aparenta está tão fraca, eu não entendo. Ela estava tão radiante, tá ligado? Tava bandida pra caralho. E agora… Alice tá, quieta, indefesa e branca. Tipo, pálida pra caralho. Não entendo o que está acontecendo com ela até porque eu prefiro não me importar. Mas tá acontecendo ao contrato. Tô preocupado porque… eu não sei o que ela está passado.

Tá ligado que eu sofro pra caralho, mas internamente.

Igão buscou Lorenzo, veio todo feliz dizendo que ai ter outro menino. Babão pra porra agora, mas os problemas dele com a Luna parece que só aumenta segundo dona Nicole.

— Porra, parabéns aí, Igão. – falei com receio.

Ele pode me dar uma patada da porra agora, dizer que não perguntou nada ou até mermo me bater. Esse cara ficou todo estranho comigo depois da Alice, mas até posso entender, ciúmes da filha.

Igor estendeu a mão para mim e fez um toque.

— Valeu ai, George! – ele sorriu e acenou com a cabeça.

— Porra, vocês não tem TV em casa não? Só sabem fazer filhos. – Leon riu. – Parabéns, irmão! – fizeram toque e se abraçaram em seguida.

— Valeu, pivete! – sorriu. – Eu tenho que voltar, Luna tá sozinha com Alice. Alice não tá se sentindo bem.

— Não tá? – perguntei rapidamente. – Q-quer dizer…

Igor me encarou seriamente.

— O que que Alice tem, Igor? – meu pai me salva. – Pegou a virose ou o que?

— Tá com febre, sonolenta, não tá comendo e tá muito pálida. – passou a mão no rosto. – Sei nem o que tá acontecendo com essa menina.

Meu pai me olhou rápido e fez um sinal para eu entrar, eu o olhei como se estivesse dizendo que não iria e o mesmo voltou seus olhos para Igor.

— Fica de olho nela, isso pode ter alguma coisa pior. – me olhou novamente e eu tive que fazer o que ele pediu, porém eu ouvi o que ele falou. – Pode até ser depressão, tá ligado, né?

— Tá maluco? – Igor o repreende.

Me sentei na sala e fiquei mais próximo da porta para ouvir. Se meu pai não quer que eu fique próximo, eu entendo. Ele com certeza vai dizer algo para o Igor, e o Igor vai me culpar. Mas sei que meu pai vai falar sobre a Alice e eu me intrometer no assunto.

— Tu sabe que pode acontecer disso, né? – meu pai perguntou.

— Por que tu acha isso, Leon? Me diz aí.

— Porque ela tá triste, só por isso mesmo. E a cada dia ela piora.

— Alice só está doente, ela fica mal nesses tempos frio, tu mermo sabe.

— É, tô ligado. – ficaram quietos por uns segundos. – Mas não é por causa do tempo. Alice é que nem a mãe.

— Eu sei, só acho que Alice não faria… – Igão é interrompido.

— É. Eu também acho que ela não faria nenhuma besteira.

— Leon…

— Igor… tá de boa. Vai descansar, cuidar da tua família.

— Beleza. Até mais.

— Até nestante. Trabalho.

— Trabalho. – Igor repetiu.

FILHOS DO MORRO (GDDM 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora