FILHOS DO MORRO (GDDM 2)

CAPÍTULO QUARENTA E SETE

Luna (+Bônus)

Muita coisa está acontecendo no morro e eu nem se quer estou lá para saber de tudo. Mas às vezes alguém me liga para contar certas coisas e me deixa pelo menos informada do Igor e das besteiras que ele sempre faz.

Fiquei muito traumatizada com o que aconteceu com minha filha, ela pra mim é minha vida assim como o Lorenzo. Só sei que eu preciso de um momento para pensar no que eu quero para mim, se quero continuar com o Igor ou não, se vou continuar no morro ou ir embora de vez. Tudo está ao redor dele, e me magoa já que eu criei minha vida adulta ao seu lado. Infelizmente.

Alice ficou muito estressada, as crises dela ficou muito mais forte e tive que dar um remédio para ela dormir, Lorenzo ficou muito triste e com medo do que estava acontecendo com ela. Então quando Alice dormiu, tive que sair com meu filho para o mesmo se divertir.

A praia sempre é uma boa escolha já que tem uma ótima ligação na minha vida. Lorenzo brincou bastante, se divertiu e fomos logo em seguida para casa.
Tomou um banho e eu o coloquei para dormir.

Tive o meu momento também e fui dormir. O meu bebê está me deixando tão cansada, e agora todos esses problemas com o Igor e o Jean só pioraram minha cabeça.

Deitada na sala da minha casa, eu estava descansando. O Igor me mandava mensagem, trocamos algumas para saber como está tudo. Ele perguntou das crianças, de mim, falava muita coisa... e claro que perguntava quando eu voltaria. Eu estou com muita vontade de voltar para a nossa casa, mas eu fico com tantas dúvidas que me faz ficar distante dele.

Parece que tem meses que estou longe dele e do morro, ainda mais dos meus amigos.

A campainha tocou.

— Mamãe, tem alguém chamando! – Lorenzo veio correndo para dentro de casa. – Tem alguém chamando!

Me levantei do sofá.

— Já falei para não ficar lá, né? Fique a aqui dentro ou na área.

— Tá bom, mamãe.

Fui para a frente ir abrir o portão, Lorenzo me acompanhava o tempo todo. Ao abrir me deparo com Rafael. Com uma bermuda bem leve, tênis e sua camisa pendurada na cintura. Parecia bem suado e suspirava forte.

— R-Rafael, tudo bem?

— Oi, eu tava correndo por aqui e pensei em passar para te ver. – coçou a cabeça. – E aí, como tá?

— Estou bem. – sorrir. – E você? Entra aí.

— Eu estou bem sim. – diz ao entrar.

— E como está a Júlia? Ela nem se quer falou comigo esses dias.

— Júlia não tá no Rio, viajou. Disse que queria ir conhecer outro lugar, não pensou duas vezes e foi.

— E não me avisou nem se quer, eu doida querendo conversar com ela.

— Pois é, Júlia só me avisou quando chegou lá.

Nos sentamos no sofá.

— É, essa moça é assim mesmo. – Rafael rir. – E então, eu vim ver como está você e os seus filhos. Depois daquele ocorrido que teve, as coisas ficaram... estranhas.

— Sim, eu sei. Estamos bem! Alice que teve algumas crises mais foi resolvido já.

— Porra, sério? Tudo por causa daquele cara?

— Sim, infelizmente. Mas ela está melhor e o Lorenzo... – antes de terminar a frase, ele entra na sala correndo. – Então... ele está bem como está vendo.