FILHOS DO MORRO (GDDM 2)

CAPÍTULO SESSENTA

ÚLTIMO CAPÍTULO...

George.

DOIS ANOS DEPOIS...

- Vamo, Alice? - falei descendo a escada. - Tamo atrasado né, mano.

- Tenha calma, estou atrasada por causa de você mesmo. - diz descendo com os saltos em sua mão.

- Porra, o Costela vai me matar.

- Vamos chegar a tempo, George. Você pegou a minha bolsa?

- Eu? A bolsa é tua e eu que tenho que pegar?

- Sim. - ela sorriu ao sentar no sofá. - Por favor.

Fui para o nosso quarto e peguei sua bolsa em cima da cama, Alice sempre deixa para se arrumar depois que tamo atrasado.

Ela não estava na sala, provavelmente já esteja no carro. Sair para a garagem e ela tirava o carro e o ajeitava do lado de fora, eu fui para o banco do carona e deixei sua bolsa no banco de trás. O portão elétrico foi fechado e ela dirigiu para a Rocinha.

Estamos morando na antiga casa de Luna nesse bairro nobre. Luna fez questão de que a gente more nessa casa, já que está no nome de Alice agora. Mas não significa que a casa da Rocinha nós deu fim, continua lá. Nossa também.

Eu estou indo agora para uma reunião com os caras, Alice vai me levar e logo depois segue para o seu trabalho, meu motor tá no conserto e nada melhor do que pegar carona com a mulher, né?!

- Vai subir pra falar com eles, não é? - perguntei.

- Eu também estou atrasada, Geo. - diz olhando o trânsito.

- Você precisa estar lá às nove horas, vai cedo porquê não aguenta ficar longe do trabalho.

- De qualquer forma eu preciso está cedo no hospital.

- Você vai subir e falar com o pessoal... - alisei o seu rosto ao ver que a mesma revirou os olhos. - Vai ser rápido. Cinco minutos e depois você sai para o seu trabalho.

- Meu avó vai está na empresa hoje?

- Sim. Tem um amigo dele que precisa de um advogado, teu avó pediu pra mim ajudar a defender e estudar o caso dele pra apresentar no tribunal. - olhei para ela. - Vou receber em dinheiro também.

- Que caso é esse? - ela pergunta ao subir o morro.

- Nada demais, não precisa se preocupar. É para a faculdade também.

Alice parou o carro em frente a boca. Descemos juntos, do carro, e eu já imaginava que depois da Rocinha, eu vou para o trabalho.

Juro que pensei que estudar para direito como Carlos falou, seria fácil. Mais não é nada fácil, nem um pouco. Entramos na boca e fomos para a sala do Costela como de costume. Ele está o mesmo homem, parece que seu eu não tem nem alma pelo o fato dele ser tão frio com tudo.

Alice chamava muita atenção dos outros homens no local. Minha mulher estava vestida simples, mas isso a deixava mais atraente que qualquer outra mulher que passa-se por perto. Calça jeans escura, blusa branca com um blazer escuro e seu salto scarpin preto. O cabelo loiro solto e sem maquiagem alguma.

Me sentei na cadeira em frente a mesa do Costela e Alice ficou no sofá, mexendo em seu celular. E eu sei que é sobre o trabalho, porquê até mesmo de longe, ela quer ficar por perto de tudo o que acontece lá.

- E aí, Costela. - dei um salve nele.

- Fala, GR. O bagulho vai rolar na sexta-feira, tô querendo que tu fique aqui pra mim ir no teu lugar.