Michi! O bonzinho

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Essa última semana meu chefe estava tirando o meu casco, aliás, o de todos. Eu estava saindo cada dia mais tarde. Eu não ligava muito na real, porque a cada batida de cartão mais tarde mais adicional noturno a gente ganhava e então assim eu já estava juntando mais dinheiro para mandar aos meus pais.

Hoje como e sábado, fim de semana, o restaurante fica até mais tarde aberto. Eu tinha muita inveja dos garçons que ganhavam muita gorjeta servindo os clientes à noite. Só que para a minha alegria depois de oito meses trabalhando ali...

– Flores? – Sr. Anderson me chamou enquanto cortava as cebolas para os ingredientes. Ele parou na porta dupla e não entrou no caos que estava a cozinha e me encarou com aquela cara rechonchuda e disse: – Vá ajudar a servir. Estamos lotados. – disse me jogando um avental mais limpo e saiu.

Eu retirei o sujo, lavei as mãos com detergente, joguei uma água no rosto e sequei com os papéis toalha e retirei o gorro preta que usávamos na cozinha e ajeitei o cabelo pondo o avental e sai.

Realmente estava lotado.

– Fica aqui no balcão fazendo os pedidos. – disse.

Eu fiquei ali ao lado de Alice que era a atendente mais rápida que eu conhecia e tinha um senso de humor bem arisco.

– Flores, você embala os pedidos para os clientes. Não estou dando conta de pedir e servir o balcão, O.k? – perguntou.

– De boa. – falo para ela com um aceno de polegar.

Realmente. Eram muitos pedidos. Eu embalava, pegava refrigerante, atendia quando ela estava ocupada, entregava as bandejas ao garçons e recebia gorjetas o que era muito bom. Tudo isso era mais cansativo quando chegava o pessoal da faculdade que fazia uma bagunça na lanchonete. Eu os invejava porque queria terminar meu ensino superior e me formar e Psicologia, uma área que muito me interessa e me fascinava.

Não parecia, mas John, meu melhor amigo era um veterano e estava se formando em Educação Física. Ele podia ser todo do contra, mas era esforçado e eu o ajudava sempre quando ele precisava e fugia das repúblicas para dormir no meu apartamento enquanto estudávamos juntos. Nos conhecemos aqui mesmo, ele tinha feito uma arruaça nas caçambas de lixo do restaurante e foi pego pela polícia e teve que cumprir uma pena comunitária e passava todas às vezes limpando aqui em frente na hora do meu almoço e foi ai que começamos a conversar durante esses meses tivemos uma amizade muito instantânea e eu era tido como o salvador da pele de Jonathan porque era eu que o ajudava sempre que ele fazia alguma merda. E o pior, ele era de família com muito dinheiro e seus pais confiavam em mim para vigiar ele.

Quando limpo o balcão depois de muitos atendimentos e agora a lanchonete está pouco movimentada, fico observando alguns clientes se empanturrarem de lanches e comidas, de imediato sou observado por um olhar de águia do meu chefe que faz um gesto para que eu limpasse as mesas livres.

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