Admirados

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Era estranho

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Era estranho. Sentir o sol sobre minha pele e ter um sentimento de pânico pensando que poderia passar mal novamente. Eu só teria que relaxar, nem estava tão sol assim e eu tinha me hidratado e passado o protetor fator cem.

O parque sempre estava congestionado quando o sol aparecia. Entramos em junho, o mês que começaria o calor infernal em Baltimore e também os temporais, muitas chuvas e calor até o início de outubro. E também começaria os meses em que a claridade do dia sumiria só depois das oito da noite. Papai sempre ficava impressionado quando eu mostrava em vídeos chamadas o dia na noite. Eu ainda os traria legalmente para cá junto a mim.

– Ai, minha Virgenzinha... Que saudade da minha família. – sussurro deitado no pano do gramado do parque encarando o céu... olhando diretamente para Deus.

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O tempo mudou e ficou nublado. Eu estava com muita preguiça. Desde que a lanchonete foi roubada e Richard sofreu o espancamento, foi aberto um inquérito e já são três dias sem trabalho, o que me ferra, mas eu consegui levar as documentações ontem para a reitoria da faculdade de Baltimore analisar e se tudo der certo eu conseguir ganhar a bolsa e começar a estudar logo.

Me sento e pego meu celular bombardeado por mensagens de John e o desbloqueio. Eu fico estático encarando o número de Liam. Estava evitando a ligar para ele porque eu estava com medo de qualquer reação negativa dele. Liam ainda continuava uma incógnita para mim, era como um fantasma que me assombrava, e o pior, eu adorava aquela maldita sensação.

Eu disquei seu número e coloquei o telefone no ouvido, mas eu desliguei no primeiro toque com medo.
Ainda estava sentado no gramado e com o celular no peito acelerado. Para meu horror, ele retornou.

– Alô? – disse.

– Você demorou. – respondeu ofego do outro lado da linha.

– Eu sei. – falei mordendo o lábio inferior contendo minha excitação ao falar com ele.

– Estou ocupado, Michael. – falou me fazendo ficar decepcionado. – Eu estou no treino.

– Ah! Foi mal. – falei triste apoiando meus braços no joelho olhando as pessoas que estavam se divertindo. – Me liga quando ficar desocupado então? – disse.

– Aonde você está? – ele me perguntou ainda ofegante.

– No parque, no centro. – falei.

– Eu estou perto, não quer vir aqui? Depois a gente sai? – perguntou me fazendo sorrir animado. A voz dele estava rouca e era foda de tão sexy.

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