O sol estava nascendo e por fim teríamos um dia de calor. Maio era o mês que mais chovia e deixava a cidade toda cinza, mas graças a Deus a previsão deu que iria fazer um solzinho nessa quarta e eu aproveitaria a manhã e iria até o parque perto das marinas onde tomaria um banho de sol antes de partir para o trabalho.
Preparei uns sanduíches e coloquei na minha bolsa junto com minhas coisas de trabalho e sair. Por mais que o sol estava radiante, a noite faria o frio que sempre congelava tudo mesmo quase chegando no meio do ano onde as temperaturas chegavam aos quarenta graus. O tempo aqui ia de oito a oitenta.
Era comum pegarmos bonde para chegar nas marinas perto do centro da cidade. Esse era um dos pontos turísticos e os habitantes daqui tinha acesso gratuito e eu sempre pegava porque ver os museus, os comércios, os prédios comercias eram lindos, eu não tinha que reclamar disso, a única coisa que estragava a cidade era a violência.
Não demorou nem meia hora e eu já tinha chego no centro. Ainda ia dar oito e já estava bem movimentado. Eu coloquei um óculos de sol e camisa aberta havaiana, bermuda e sandálias e me camuflei junto com os turistas e caminhei olhando em volta.
O parque já estava com bastante gente. Muitos deitados e outros turistando. Eu tirei da bolsa o pano e joguei no gramado fofo e limpo e fiquei sem camisa deixando a pele que precisava de uma cor de fora.
Ah! Minha Virgenzinha... Não acredito que esqueci o protetor solar.
Eu me deitei assim mesmo de barriga para cima e coloco a cabeça por cima da bolsa e com o óculos eu fecho os olhos e sinto o sol sobre minha pele que parecia estar necessitada daquilo e me deixo levar para um cochilo quente e nostálgico, porque o calor me lembrava de quando eu estava no México com meus primos brincando nos dias calorentos nos rios que tinham lá.
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Poucas horas depois...
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Tudo estava estranho. Às árvores ao redor pareciam trêmulas e o céu girava. Eu me sentei e estava com uma sensação de delay. Parecia que meu corpo estava quente e quando fui olhar as pessoas ao meu redor minha cabeça parecia ter recebido uma pancada que me fez fechar os olhos e choramingar de dor.
– Hey... – Era uma voz feminina de longe. – Você está bem?
Ela tocou meu braço o que me fez gritar... Eu não estava raciocinando bem. O toque dela doía.
– Eu não consigo... respirar. – falei tentando controlar a respiração. – Por que está tudo estranho?
Balançava a cabeça e aquela sensação de falta de instabilidade me apossou o que me assustou bastante e a ardência na pele era dolorida.
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CLANDESTINOS
RomancePara Michael e Liam a ilegalidade se tornou a maior aliada. Era cruel. Eles sabiam, mas aqueles sentimentos que eles começaram nutrir um pelo outro eram fortes o suficiente para ambos pularem os obstáculos que eram colocados em suas vidas. "Será qu...