Foi um alvoroço. Eu já estava meio bêbado por tentar fugir dos olhares julgadores de John e agora isso?
Foi um falatório insano e muitas fotos. Os convidados se aglomeraram ali e um falatório se sobrepôs à música ambiente que acompanhava minha agonia.
Eu me sentei ali perto a janela novamente e Lúcio, o garçom simpático, me trouxe mais uma taça de champanhe que tanto estava abusando e cruzei minhas pernas e bebia vendo tudo aquilo.
Bryan e John parecia aqueles mesmos amigos de quando faziam várias merdas por Baltimore. Aquilo me fez feliz em ver que eles ainda continuavam amigos e nada parecia, ao me ver, mudado. Já estava deprimido, ao ver aquilo eu quase chorei, coisa que estava acontecendo com frequência desde que cheguei nesse lugar.
Eu fui ao banheiro para fugir um pouco daquilo tudo e lavar o rosto. Já estava dando minha hora. Precisava sair desse lugar que me oprimia de uma tal maneira que fazia meu senso nostálgico se quebrar.
Joguei um pouquinho de água no rosto e apoiei as mãos na pia de mármore negro e me encarei.
– É hora de seguir teu rumo, Michael Flores. – falo igual um maluco ao meu reflexo.
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Cacei a sra. Elizabeth pelo salão e evitei a aglomeração em volta dos amigos famosos. Todos agora queriam um pedacinho deles o que deixava o primeiro piso um pouco menos movimentado.
Para minha surpresa, o sr. Takaishi, pai de Bryan e Liam, surgiu na minha frente como se os anos não passassem para ele e me fez ver Liam diante de mim com tanta semelhança.
– Você?! – disse com o sorriso idêntico.
Ele vestia um belo terno bem alinhado cinza com o cabelo loiro ainda com alguns grisalhos penteados para trás, parecia mais forte acompanhando a virilidade dos filhos.
– Sim, sou eu... eu acho. – digo estranho o olhando para os lados caçando a esposa intragável dele.
– Michi, eu ainda lembro desse nome. – falou esticando a mão alva esperando-me apertar e assim fiz. – Há quanto tempo você está nos EUA? – me perguntou.
Ainda bem que ninguém notava a gente. Ele também era uma pessoa pública bem conhecida por conta de ser um empresário bem sucedido e ter filhos assumidamente famosos e prósperos.
Sim, há poucos anos ele assumiu publicamente ser pai de Liam.
– Pouco tempo. – falo o mínimo, não queria falar demais.
– Ele sabe que você está aqui? – perguntou curioso.
Meu coração deu um rodopio e minha respiração se descontrolou. Era isso que Liam ainda causava em mim.
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CLANDESTINOS
RomancePara Michael e Liam a ilegalidade se tornou a maior aliada. Era cruel. Eles sabiam, mas aqueles sentimentos que eles começaram nutrir um pelo outro eram fortes o suficiente para ambos pularem os obstáculos que eram colocados em suas vidas. "Será qu...